Você precisa de um especialista pra quê?

Quanto mais ‘especial’ for uma pessoa, menos ela precisará de um especialista; entenda

Interessante um olhar atento à palavra “especialista” para que se desvincule de forma consciente os conceitos de especial e de especialista. Ora, ser especial é ser único, diferente, incomum… Enfim, algo que exalta qualidades pessoais e que porta um significado ou informação diferenciada. Quanto mais especial for uma pessoa, menos ela precisará do especialista. O sufixo “ista” que surge em especial + ista, aponta outra direção, na medida em que autoriza um grupo.

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Como se forma um especialista?

Para se formar um especialista, é preciso dispor de uma estrutura conceitual e de pessoas que criem um sistema de valores que autorize e tenha competência para compor socialmente este quadro, que ganha expressão justamente por meio de pequenas sociedades e associações. Estas organizações ganham espaço quando seus modelos de pensamento despertam a atenção e interesse da esfera do governo, que por sua vez cede maior ou menor poder de expressão às mesmas.

Assim, as sociedades, de poetas mortos ou vivos, passam pelas sociedades profissionais em todos os níveis, partidos políticos e demais facções, alcançando seu mais alto grau de desenvolvimento, nas sociedades anônimas, território nebuloso das corporações, enquanto regentes transcontinentais dos valores “absolutos” para que um dado sistema de ordem social se mantenha operante.

Do ponto de vista nutricional, pessoas especiais são tão fundamentais como especialistas. Eventualmente surgem seres que sintetizam essas duas formas de ser. Dois exemplos desse fenômeno são Jesus Cristo e Hipócrates. O primeiro ensinou que “Nem só de pão o homem viverá, mas de toda palavra que procede da boca de Deus”; e ainda que: “O que mata o homem não é o que entra pela boca, mas o que sai, pois, a boca fala do que o coração está cheio”. O segundo sugeriu: “SEJA SEU ALIMENTO SEU MEDICAMENTO E SEU MEDICAMENTO SEU ALIMENTO”.

Melhorar a qualidade da alimentação vai além da simples e necessária pesquisa especializada dos alimentos e seus valores nutricionais. Sem a especial compreensão dos fundamentos sociais humanos, continuaremos sem saber como é possível sabermos tanto sobre alimentação saudável e ao mesmo tempo termos feito tão pouco para implementá-la.

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Médico Neurocirurgião pelo HCFMUSP Doutor em Neurociências pelo ICBUSP Graduado em Física pela USP Especialista em Medicina Antroposófica pela ABMA Autor do livro e do blog: Saúde é Consciência Meu blog: http://saudeconsciencia.blogspot.com