por Margareth dos Reis

Depoimento de uma leitora:
 
Meu filho vem apresentando sintomas de compulsão sexual. É um homem triste e rancoroso. Agora está no ponto de odiar o trabalho e envolver-se com prostitutas. Moramos no Rio de Janeiro. A cada matéria que leio sobre satiríase, fico mais apreensiva. Ele já se declarou pra mim. Como devo agir para ajudar? Como a família deve agir nessa hora? Onde levá-lo?

Resposta: Satiríase, em homens, trata-se de um Transtorno de Hiperssexualidade (sendo que o mesmo problema nas mulheres é chamado de ninfomania). Isto é, uma perturbação psiquiátrica, desde que não ocorram alterações orgânicas que a justifiquem, caracterizada pelo excesso de apetite sexual ou desejo sexual compulsivo.

Pessoas com hiperssexualidade experimentam fixação compulsiva em relação ao sexo, o que as leva a recorrer a múltiplos parceiros, à masturbação, à pornografia, ao sexo virtual, a práticas sexuais de risco para doenças sexualmente transmissíveis a ponto de prejudicarem significativamente todas as áreas de suas vidas.

Apesar da busca exacerbada pelo contato sexual e de sua repetição desenfreada, as experiências íntimas dessas pessoas resultam em culpa e angústia, em vez de prazer.
Primeiro passo
Assim, a busca de um diagnóstico por um médico psiquiatra deve ser o primeiro passo, para que o especialista possa avaliar se existe associação com outro transtorno e, então, indicar o tratamento mais adequado para o caso em questão.

Além disso, essa é uma condição que necessita de cuidados permanentes: o que significa a inclusão de psicoterapia, grupos de autoajuda e, especialmente, o apoio de familiares para que o tratamento não seja descontinuado ao longo da vida.

Atenção!
Este texto não substitui uma consulta ou acompanhamento de um médico e não se caracteriza como sendo um atendimento.