Por Marta Relvas
Segundo Richard Davidson, sentimentos e pensamentos originam-se no cérebro. Literalmente saem da substância cinzenta e chegam a todo corpo. Acreditava- se que as emoções não fossem nada além da percepção de eventos corporais. A neurociência contemporânea revela que as emoções de fato percorrem não apenas a mente, mas também o corpo.
O estilo emocional afeta nosso sentimento sobre nós mesmos e as pessoas ao nosso redor, nosso comportamento, a suscetibilidade ao estresse, as funções cognitivas, vunerabilidade e determinados transtornos psiquiátricos. Mas ele afeta impreterivelmente a saúde física, pois sofremos consequências sociológicas que, por sua vez, indiretamente, afetam a função dos sistemas respiratório, imunológicos, cardiovascular, gastrointestinal e endócrino. Não é demais dizer que a vida emocional influência poderosamente a saúde física.
Os padrões de atividade cerebral relacionada a cada uma das dimensões (física, emocional, social) estão associadas à saúde e à doença. O que está no cérebro necessariamente influencia o que está no corpo, e a comunicação é bidirecional, de modo que o que está no corpo também influencia o que está no cérebro.
As emoções positivas também podem atuar mais diretamente sobre a fisiologia do nosso corpo, acalmando o sistema cardiovascular e também o neuroendócrino/hormonal, e quando mais calmo, existe a possibildade de uma redução nos níveis sanguíneos de adrenalina e noradrenalina, os hormônios de luta e fuga.
Reconhecer o estilo emocional do cérebro é perceber como as emoções positivas ou negativas afetam a saúde do nosso corpo e, como é fundamental essa relação de comunicação entre a mente, o corpo e o cérebro.