É imperativo que aprendamos a aceitar e acolher nossas partes escuras, frutos de nosso encontro com a natureza ilusória deste planeta.
Essas negatividades vêm a nós, emergindo de nosso íntimo, pois precisam de cura. É a “nossa” raiva, “nosso” vitimismo, “nossa” mágoa, “nosso” ressentimento. Se as aceitássemos e as abraçássemos na luz do nosso coração, aos poucos se dissolveriam, vocês conseguem compreender isso?
Mas, em nossa inconsciência, as rejeitamos, como se não nos pertencessem. Preferimos negá-las, e as expulsamos da nossa consciência. As trancamos num quarto escuro dentro de nós, como faríamos com uma fera feia e amedrontadora, que nos assusta ou envergonha. Abandonada sem cuidados, na escuridão da nossa ignorância, a fera ruge… Ao ouvir esse rugido, sabe o que fazemos?
– O atribuímos a outro alguém!
E acreditamos que é O OUTRO que está manifestando aquele horrendo som.
E o culpamos.
E o julgamos.
E o atacamos.
Assim vamos destruindo o que poderia ser belo, vamos ferindo gente que nos ama e criando cada vez mais dor em nossas vidas.
Vamos abandonando a nós mesmos, deixando de curar o que deveria ser curado, deixando de nos responsabilizarmos por essa escuridão, que pertence a nós e mais ninguém.
Ao nos separarmos das nossas escuras sombras, acabamos nos afastando da nossa LUZ.
Ouça.
Se você quer PAZ, precisa parar de projetar sua escuridão, e assumir a responsabilidade de curar o mal que lhe habita. O mal não deve-se ao fato dessa sombra existir em seu íntimo, e sim à sua ESCOLHA de separar-se dela.
Não importa o que tenha feito, o outro não é responsável pelo que você sente. Cure a escuridão em você, e o mundo lhe espelhará a sua luz.