Por Thaís Petroff
Ouvir críticas é bastante incômodo para a maior parte das pessoas. Reconhecer nossos erros e comportamentos disfuncionais gera medo, tristeza, irritação, dentre outras emoções e sentimentos. No entanto, é só quando percebemos nossas negatividades, é que temos a oportunidade de transformá-las e evoluirmos.
O processo de autoconhecimento é uma jornada sem fim.
Sempre temos novas nuances, diante de uma mesma questão, poder olhar para um outro ponto e aprofundar um pouco mais. A mudança é lenta e gradual. Por isso pode desanimar algumas pessoas, pois mesmo trabalhando a si mesmas há bastante tempo, parece que sempre há mais por vir e nunca se tem um fim. No entanto, o que podem estar ignorando são os passos que já deram e o quanto já avançaram.
Nossa principal missão de vida é nos conectarmos cada vez mais com nossa verdade interior. Mas isso só pode acontecer se a conhecermos e superarmos as negatividades que nos afastam de nossa essência; tais como medo, culpa, raiva e diversas crenças negativas a nossa respeito, sobre os outros, sobre o mundo e sobre o futuro.
A jornada do autoconhecimento pode ser pesada ou leve.
É você quem escolhe como ela será. Repleta de queixas, resistências, vitimizações ou optando por focar nas novas oportunidades que estão se abrindo para você, para todo o peso que você está deixando de carregar consigo.
Fato é, não é possível passar por uma eternidade estagnados. Podemos até escolher nos esquivarmos, levar a vida mais como um passeio ou uma viagem turística, mas em algum momento, a "conta vem" e não temos como fugir disso. Temos dificuldade em estabelecer ou manter uma relação amorosa, nossa autoestima cai, nos sentimos amedrontados ou desconfiados com a vida, temos dificuldade em nos relacionar com outras pessoas (seja família, amigos ou colegas de trabalho), podemos enveredar para vícios etc.
Olhar e reconhecer nossas dificuldades traz sim algum incômodo, mas a libertação que temos ao transpô-las nos traz a sensação de um renascimento, de que a vida pode ser sim, mais fácil e mais leve. Perceber que você não é suas negatividades, ou seja, que elas não são inatas ou genéticas mas sim, que você as adotou durante a sua vida, principalmente na infância. Isso nos faz olhar para elas e para nós por outro prisma. Da mesma maneira que você as aprendeu, você pode "desaprende-las" e aprender outros comportamentos mais adequados e funcionais que te permitam fluir mais pela vida.
Você tem o poder de decisão
Você tem o poder da decisão; do que quer fazer, para onde quer ir e se quer ou não se responsabilizar por sua vida e, consequentemente, poder evitar alguns fracassos e cultivar alguns sucessos. Você pode escolher olhar para si e para seu caminho com mais gentileza e amorosidade e se acolher conforme vai percebendo suas negatividades, fornecendo para si as ferramentas necessárias para se tornar o que você sempre foi. Caso você opte por não se esquivar, ou seja, por caminhar na direção de si mesmo e de sua evolução contínua, será de grande ajuda se unir a grupos, terapeutas e procurar processos de desenvolvimento que falem a mesma língua que você.
Caminhar com companhia é mais prazeroso; sem falar que nos sentimos acolhidos e amparados, e percebemos que todos nós estamos no "mesmo barco"; tropeçando, aprendendo e lidando com nossas negatividades.
Fonte: www.thaispetroff.com.br