Zazen, a meditação zen

Há inúmeras práticas de meditação.

Essas práticas estão relacionadas a diferentes escolas, correntes filosóficas, religiosas e mesmo linhas exotéricas.

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A partir do perfil das pessoas e da natureza de suas buscas, as práticas meditativas são escolhidas por afinidade e segundo diferentes necessidades, mas o que é comum é a clara intenção de acalmar a mente para a busca da harmonia, da saúde mental e do corpo e, por consequência, das relações. A grande busca por meditação, a motivação essencial é a busca por paz e fim do sofrimento.

A meditação que compartilho nesse artigo é do Zen – Zen Budismo.

A meditação Zen, chamada zazen, busca lembrar a mesma prática realizada por Buda Xaquiamuni. O Buda histórico de 2600 anos atrás, o jovem Sidarta Gautama, que, por meio do zazen, do sentar em presença, acessou a plena consciência de todas as coisas e se tornou um Buda – ser desperto.

Meditação é verbo transitivo. Meditar sobre algo. Não utilizamos a palavra meditação, porque no Zen não se apoia em recursos, em objetos de atenção, mas, em apenas observar a própria mente, as suas oscilações e a experiência de presença.

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Como a mente atua na meditação zen

Muitas vezes descrita como a prática do esvaziar a mente, essa compreensão é um equívoco.

A nossa mente é incessante e os pensamentos estão presentes. O que acontece é que por meio da respiração consciente, desaceleram e repousam.

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Como um lago agitado e o fundo se mistura com a água, a ponto de não mais enxergar seus pés, a prática do zazen reconhece essa agitação e, com o apoio da respiração e das percepções de presença, a terra misturada em água (nossos pensamentos) vai se assentando, a água vai se tornando clara, límpida e seus pés são vistos. Os pensamentos repousam e a mente é percebida como maior e interconectada com tudo o que existe. Apenas sensações e percepções, e as conexões neurais ocorrem e a consciência se torna presente.

O que é a experiência do zazen?

O zazen é a experiência de reconhecer como estamos, como uma fotografia momentânea, e, sem apego, esse reconhecimento se amplia. Cada experiência é única. Nunca se repete, porque estamos em incessante transformação.

A prática do zazen, quando praticada em centros zen orientados por professores e professoras formados, vem contribuindo para o bem-estar de inúmeras pessoas.

O professor ou professora que orienta práticas meditativas, de qualquer procedência, necessariamente deve ser preparado, preparada, para ser um bom professor.

Em nosso próximo artigo, apresentaremos o passo-a-passo do zazen, mas, lembre-se em procurar um espaço Zen Budista e conheça o zazen.

Em São Paulo, no Templo Taikozan Tenzui Zenji há dois horários acessíveis. Aos sábados 18h e aos domingos, às 11:00.  Saiba mais no www.zendobrasil.org.br