Esportes radicais produzem ‘hormônios da morte’

por Nuno Cobra

Cada vez mais as atividades esportivas vêm se radicalizando. Não interessa mais como antigamente, andar centenas de quilômetros de bicicleta, correr uma maratona, ou mesmo fazer uma travessia oceânica. Daí surgiu o triatlo.

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Aeroman

Criou-se uma espécie de 'aeroman', o homem se lança em vôos livres, paragliding, bung jump, rapel, etc…

Não é mais assim uma coisa de louco, pessoas saltarem com um pequeníssimo pára-quedas que, depois de uma terrificante queda livre, se abre no último instante da sua chegada ao solo ou na água. Tudo isto para quê?

'Hormônios da morte' e do prazer

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Isto porque nestas situações onde os limites do corpo – e da vida – são colocados à toda prova, proporcionam algo mais na corrente circulatória, movimentando hormônios que até então eram desconhecidos. São os chamados 'hormônios da morte'. Eles são fascinantes e levam as pessoas à 'loucura' entre a vida e a morte.

Existem estudos afirmando que a pessoa minutos antes de morrer, libera hormônios de prazer com o objetivo de facilitar a 'passagem para o outro lado'. E nessas situações-limite esses mesmos hormônios são liberados.

Caminho do meio

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O fato é que temos que nos dar conta de que a virtude está no caminho do meio. A evolução mental e espiritual é o caminho correto para tirarmos do esporte o que ele tem de melhor, sem ser levado ao exagero e com tanta agressão ao corpo.

Festas teen com esportes radicais e adrenalina

Hoje existe um aproveitamento destes exagerados esportes radicais para uma aplicação mais light, porém muito útil para motivar os adolescentes a se envolverem com o movimento e os seus desafios. Agora nas festas de crianças e adolescentes ao invés de se tomar só refrigerante e comer hambúgueres, eles passam a ter outras atrações como: pistas de skates, paredes de escalada, cama elástica e toda sorte de movimentos que vão ocupar as suas cabeças.

É bastante louvável a aplicação destes movimentos radicais na juventude cada vez mais obesa, amorfa e sedentária. Os jovens estão sendo motivados ao movimento e à saúde, deixando este terrível lado sedentário.

Este tipo de festa trará uma juventude melhor, com emoções mais equilibradas, um corpo mais modelado e, principalmente, uma cabeça mais ativa e funcional.

O interessante destas festas é que deixam a criança ser criança, o que não acontece mais em casa e na escola. É uma oportunidade espetacular para a canalização da agressividade, direcionando esta energia supérflua para algo concreto de força e explosão. O jovem torna-se fisiologicamente mais tranqüilo e equilibrado. Além do mais proporciona um aspecto benéfico, tirando a emoção de jovens e crianças dos doces, refrigerantes, etc… Na pior das hipóteses, eles vão se destruir menos com tantas guloseimas.

Todo jovem tem esta energia supérflua e o esporte é um excelente meio para canalizá-la.