Da Redação
Pais precisam se preocupar mais com o hálito dos filhos para garantir um futuro melhor, sugere presidente da ABHA, Associação Brasileira de Halitose.
Uma pesquisa inédita divulgada pela instituição revela que a má qualidade da higiene bucal vem se tornando um problema cada vez mais sério entre os adolescentes do país.
De acordo com o levantamento, 37% dos jovens entre 12 e 19 anos no Brasil têm ou já tiveram problemas de mau hálito, sendo que 98% desSas crianças e adolescentes afirmaram nunca ter procurado ajuda profissional para resolver o problema.
A pesquisa deixa claro que a falta de cuidado na higiene bucal é a grande responsável pela halitose entre os jovens: 31% deles afirmaram só escovar os dentes duas vezes ao dia, 61% não usam fio dental e 63% percebem sangramento na gengiva ao escovar ou passar o fio dental, um claro indício de que a higiene bucal não está sendo feita de forma adequada.
Mesmo entre os jovens que teoricamente estão cuidando melhor dos dentes – caso dos 33% dos adolescentes do país que usam aparelho dentário – 21% deles apresentam mau hálito no início do tratamento devido à falta de disposição para fazer uma correta higienização do aparelho e da boca.
Na opinião do dentista presidente da associação Marcos Moura os resultados da pesquisa evidenciam que os pais estão deixando de lado a saúde bucal de seus filhos adolescentes, muitas vezes desmotivados pelos hábitos precários de higienização bucal dos jovens e pelo uso de aparelhos ortodônticos, que apesar de serem imprescindíveis na maioria dos casos, exigem mais trabalho para uma boa higiene da boca.
“É fundamental ficar atento ao hálito do filho adolescente”, enfatiza. “Afinal, além de ser indício de problemas odontológicos que podem se tornar graves com o passar do tempo, o mau hálito geralmente causa discriminação e isolamento social, o que inclusive pode gerar problemas psicológicos no futuro”. Ao sentir alguma alteração no hálito do filho, os pais devem procurar logo ajuda de um dentista – já que 90% dos casos de mau hálito têm origem na boca.
Dados da pesquisa
Realizada entre maio e setembro de 2011, a pesquisa de halitose da ABHA entre adolescentes entrevistou por meio de questionário direto 254 jovens ou responsáveis, sendo 23% deles da região Centro-Oeste, 30% do Nordeste e 47% do Sudeste.
– 37% dos jovens já apresentaram alteração do hálito
– 33% dos adolescentes entrevistados usam aparelho ortodôntico, sendo que 21% deles relataram apresentar halitose logo após o início do uso do aparelho
– 31% dos jovens só escovam os dentes duas vezes ao dia, 61% não usam fio dental, 63% relataram que a gengiva sangra ao escovar ou passar o fio dental e 52% não usam enxaguante bucal.
– 98% dos jovens com alteração no hálito afirmaram que nunca procuraram ajuda profissional.
– 5% dos jovens com mau hálito relataram deixar de namorar ou sair com os colegas por causa do problema