por Ana Cristina Mendes
Como já dizia Hipócrates (476 a.C): "Que o nosso medicamento seja o nosso alimento e que o nosso alimento seja o nosso medicamento".
Isso é uma verdade irrefutável, pois somos o que comemos. Nosso organismo e nossa mente são o reflexo do que comemos. Pensamos de acordo com o que nos alimentamos.
Nosso psiquismo (vontade, humor, sentimentos, sonhos, etc) se encontra em íntima relação com o que, como, quando e quanto comemos. Nossa capacidade de estudar ou desenvolver uma atividade que requeira atenção e concentração fica diminuída várias horas, após refeições fartas em alimentos de difícil digestão.
Uma pessoa que ingere doces em demasia, pode tornar-se cansada, mal-humorada, preguiçosa e tende à depressão. Ocorre intensa fermentação intestinal com elaboração de fezes de odor azedo. A pele fica suscetível a micoses.
Uma alimentação rica em carnes, ovos e massas embota o pensamento e desenvolve tendência ao uso de bebidas alcoólicas, sexo descontrolado e vícios em geral.
Suas eliminações intestinais e cutâneas tem cheiro pútrido, devido à ocorrência de putrefação intestinal. A pele fica suscetível a infecções bacterianas tipo abcessos, dermatites…
Um indivíduo com uma alimentação à base de vegetais e frutas cruas, pouco cozidas, raros produtos animais e, eventualmente carnes, tende a ser desperto, ativo, cheio de vitalidade, sangue puro e neutro, evacuações sem cheiro e pele resistente e íntegra.
"Devemos comer para viver e não viver para comer" dizia São Francisco de Assis. No auge de sua vida espiritual vivia apenas de ar puro, água fresca, pão de trigo e alguns vegetais. Comia o suficiente para manter a vida do corpo.
Se observarmos os hábitos alimentares do brasileiro, de um modo geral, verificaremos que se come muito, e o pior, freqüentemente petiscando aqui e ali, implicando em excessos, o que leva os órgãos internos à sobrecarga e a um trabalho contínuo.
Se argumentarem que nosso organismo é uma máquina, poderemos nos perguntar: Não será o desgaste de uma máquina muito mais intenso quanto maior o seu funcionamento?
Ainda assim, além da sobrecarga, o combustível (alimento) é geralmente de péssima qualidade e pouca ou nenhuma vitalidade. Isso congestiona, inflama, dilata, hipertrofia, desgasta e destrói os órgãos internos. Originam-se más digestões com produção de toxinas que intoxicam o sangue, desvitalizando as células e tornado o organismo suscetível a desenvolver enfermidades.
Precisamos questionar nossa alimentação e nos dispor a mudanças em nossos hábitos alimentares com o propósito de recuperar ou conservar nossa saúde. Tal medida constitui uma boa estratégia para o presente e para o futuro, pois nos tornaremos mais resistentes (equilibrados) em relação aos fatos nocivos do cotidiano.
Dicas para se equilibrar através de uma alimentação saudável
1ª) Consultar, sempre que possível, um profissional especializado no assunto: um nutricionista ou um nutrólogo
2ª) Não promover mudanças drásticas sem fazer uma avaliação prévia do seu estado de saúde
3ª) Praticar uma atividade física regular, tendo o cuidado de buscar a orientação de um professor de Educação Física
4ª) Estar atento para consumir na medida do possível alimentos orgânicos, integrais e de boa procedência
5ª) Preocupar-se com a ingestão de água de boa qualidade
6ª) E como canta Leila Pinheiro: "Tudo é uma questão de manter, a mente quieta, a espinha ereta e o coração tranquilo"