Entenda como lidar com gente grosseira no ambiente corporativo, que acaba intoxicando o entorno; o bom humor é uma importante estratégia
E-mail enviado por uma leitora:
“Tenho um colega de trabalho que trata as pessoas com certa grosseria. Se você comete um erro, ele logo vem com um comentário maldoso. Qual a melhor maneira de lidar com esse tipo de gente?”
Seja sempre honesto e claro na comunicação
Resposta: Acredito que se você tem pelo menos um pouco de intimidade com esse colega, deve chamá-lo para conversar e explicar a situação, apontando, por meio de exemplos, como isso tem sido problemático para ele e para os colegas.
Mostre como isso pode afetar, inclusive, o futuro profissional dele. Afinal, as empresas estão cada vez mais buscando bons ambientes, sendo intolerantes com determinados comportamentos, como o assédio, por exemplo.
Se outras pessoas também estão sendo afetadas, é interessante que conversem da mesma forma com ele, mostrando que essa forma de agir tem desagradado a muitas pessoas.
Seguem algumas dicas para que você possa colocar em prática para lidar com essa situação:
Não leve para o pessoal: se ele é assim com todo mundo, certamente há questões emocionais não resolvidas, por fim, certamente essa pessoa não conhece outras maneiras de se relacionar, tratando a todos dessa maneira.
Seja o exemplo: seja educado, gentil, e mostre, por meio do seu comportamento, que há outras maneiras de se relacionar. Não “entre na pilha” do agressivo.
Ressalte as qualidades: quando conversar com essa pessoa, ressalte aquilo que ela tem de bom, o que faz bem e como, quando se comporta de forma gentil, age de maneira muito mais adequada e agradável.
Fique calmo: quando acontecer uma situação como essa, se acalme, respire fundo e converse com a pessoa quando estiver bem; quanto mais irritado estiver, mais fácil será agir da mesma forma, com grosseria, o que só vai piorar a situação.
Seja direto: não faça rodeios, vá direto ao ponto, olhe a pessoa nos olhos e mostre, por meio de exemplos, o quanto esse comportamento não apenas incomoda aos demais, mas, prejudica a ela mesma e é extremamente desagradável. O colaborador não percebe, por vezes, que é o representante da empresa, que leva a sua marca por onde vai e que isso não prejudica apenas pessoas, mas, organizações, manchando a sua imagem.
Mantenha seu tom de voz baixo e sorria: ofereça ajuda para que ele possa mudar esse comportamento e jamais responda de forma passivo-agressiva.
Tente compreender o ponto de vista do outro por meio de perguntas: “Do meu ponto de vista, seus comentários têm sido desrespeitosos, por qual motivo você agiu assim?”. Isso dará espaço para um diálogo saudável. Esteja também aberto para ouvir…
Use do bom humor: essa é uma estratégia que desarma uma pessoa grosseira, sendo uma ferramenta poderosa de comunicação que se usada adequadamente, pode reverter situações difíceis e pesadas.
Mostre que quer resolver a situação: deixe claro que deseje resolver as coisas, estabelecendo um diálogo direto, pedindo que a pessoa fale sobre os motivos pelos quais ela precisa agir assim e dando espaço para que ela pense como poderia fazer diferente numa mesma situação.
Releve: às vezes, falta-nos inteligência emocional para deixarmos passar certas coisas, focando em outras, mais efetivas e que nos levem mais próximo dos nossos objetivos, sem nos desviarmos com as distrações do caminho.
Tolerância zero às situações de assédio
Porém, se o problema se tornar algo exagerado e se a pessoa não mudar, converse com a liderança dela, mostrando como isso tem atrapalhado o bom ambiente e peça que ela interfira. Afinal, ninguém pode exigir que o outro seja como desejamos e pode ser que você realmente tenha feito tudo o que estava ao seu alcance para resolver o problema.
Muitas situações de assédio começam assim, com “simples grosserias”, ou seja, esse é um elo que deve ser rompido e servir de exemplo para que as pessoas tenham comportamentos mais respeitosos com seus pares, liderados, líderes, fornecedores e colegas. Devemos estimular a tolerância zero ao desrespeito no ambiente de trabalho, mesmo que pareçam “brincadeirinhas”. Muitos casos de sofrimento mental e desenvolvimento de doenças psicológicas começam assim, com algo que parece simples, mas que, se não combatido, pode ter graves consequências.