Você deve expor suas vontades e fantasias para sua namorada, de maneira gentil e respeitosa, em relação aos sentimentos dela; saiba como conduzir essa conversa
E-mail enviado por um leitor:
“Eu e minha namorada temos uma certa diferença de ritmo sexual, acho que para mim deveria ser umas três vezes por semana. Eu também sinto muito tesão, mesmo após a transa, mas isso se junta a uma outra fantasia minha que seria ela me masturbar no mesmo dia em que transamos, isso me dá uma sensação de satisfação plena. Devo expor tudo isso a ela? Se houver alguma divergência ou resistência por parte dela, há um meio de negociar isso. Se puder me ajudar, fico superagradecido!”
Resposta: Caro leitor: é natural que cada pessoa tenha suas próprias fantasias e ritmos em relação ao sexo, e isso pode variar dentro de um relacionamento. A chave para lidar com essas diferenças é a comunicação aberta e empática. Então sim, você deve expor suas vontades e fantasias para sua namorada, de maneira gentil e respeitosa com os sentimentos dela.
No entanto, antes de falar com ela, procure entender como você se sente e por que essas necessidades são importantes para você. Quando for falar com ela, escolha um momento adequado, tranquilo e sem pressa, para que ambos possam se expressar com clareza e ouvir um ao outro.
Como iniciar a conversa
Comece, primeiramente, verbalizando sobre o quanto valoriza a intimidade de vocês para então abordar que gostaria de compartilhar seus desejos e sentimentos. Também é importante perguntar sobre como ela se sente em relação ao ritmo sexual atual e se há algo que ela gostaria de mudar ou explorar. Se houver divergência ou resistência da parte dela, tente entender o ponto de vista dela.
A negociação em um relacionamento saudável envolve encontrar formas alternativas de manter a satisfação sexual para ambos. Ou seja, isso pode significar ajustar expectativas, explorar novas formas de intimidade ou até mesmo estabelecer acordos sobre a frequência ou o tipo de atividade sexual.
Vale salientar que, ambos devem se sentir à vontade para expressar suas necessidades e desejos, sem julgamento ou pressão. Uma conversa sincera pode fortalecer a conexão de vocês e abrir novas portas para o prazer mútuo.
Todavia, se for uma conversa difícil de conduzir, um(a) psicoterapeuta sexual e de casais pode ajudar a facilitar o diálogo e a exploração de opções que funcionem bem para vocês dois.
Atenção!
Esta resposta não substitui uma consulta ou acompanhamento de uma psicóloga e não se caracteriza como sendo um atendimento.
Margareth dos Reis
É Psicóloga Clínica, Terapeuta Sexual e de Casais no Instituto H.Ellis-SP; psicóloga no Ambulatório da Unidade de Medicina Sexual da Disciplina de Urologia da FMABC; Doutora em Ciências pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo; epecialista em Sexualidade pela Sociedade Brasileira de Sexualidade Humana – SBRASH; autora do livro “Mulher: produto com data de validade” (ED. O Nome da Rosa) Mais informações: www.instituto-h-ellis.com.br
