Ao negarmos, deixamos dar importância e atenção a uma determinada situação e não a resolvemos. Mas o que está por trás disso?
Nossa Criança tem a vida como soberana. Instintivamente buscamos atender às nossas necessidades para garantir nossa sobrevivência e bem-estar. Há várias maneiras de se buscar isso.
Por que negamos?
Podemos buscar cumprir expectativas externas para agradar alguém que nos atenda (quem age assim é a Criança Adaptada), ou podemos pedir ajuda externa objetivamente (para o nosso lado Adulto), podemos encontrar soluções conscientes (Criança Natural + Adulto + Pai Protetor) ou podemos usar mecanismos de defesa inconscientes para não enfrentar um problema que não nos julgamos capazes de lidar (é a Criança dominada pelo medo). Logo, um desses mecanismos é a negação.
Quando não acredito ter força suficiente para encontrar uma solução que garanta minha vida, nego a existência da ameaça e me mantenho “existindo” sem o contato com aquela realidade, que me faz sentir impotente e, portanto, vulnerável.
Não confio que haverá uma saída, que encontrarei uma maneira de sobreviver. Negar é minha maneira de me manter vivo. Porém, esta sensação é uma ilusão e pode me expor ainda mais ao risco.
Tudo o que negamos, deixamos de dar importância e atenção e assim não resolvemos.
É fundamental que encaremos nossas crises de frente. São nossas grande professoras, nossas oportunidades de superar nossos medos e dificuldades e nos permitem evoluir.
Nosso real poder, nossa força interior está em lidar com a realidade como ela se apresenta, encarar as sombras, elaborar os lutos e seguir adiante com confiança.
Não permita que a impotência lhe impeça de fazer a sua parte.