A flor de lótus no lago dos conflitos: A mente sem medo e livre, apenas se deixa levar pelas águas da sabedoria; Nada antecipa; Nada substancializa; Apenas desabrocha no lago lamacento.
“As pétalas da flor de Lótus não se sujam de lodo”, assim reza um sutra, isto é, um sermão de Buda – ensinamento.
O lodo não adere em suas pétalas
O que isso significa?
Pureza ou impureza?
As pétalas são puras ou impuras
Contaminam-se ou não se contaminam?
Assim, como nossos pensamentos?
Impuros ou impuros
Onde está a aderência?
A aderência está no medo!
O medo surge quando sentimos ameaças
As ameaças nos tiram das zonas de segurança
Fixamos ideias de defesa, de proteção
Vemos a realidade de forma tendenciosa, pois o medo está lendo esta realidade.
A nossa pétala mente começa a ficar pesada de lodo…
Mas, como? O lodo não adere na pétala da flor de lótus…
Eis aí a questão. O medo distorce a realidade e, assim, travamos!
Fantasiamos uma realidade, a tornamos fixa, e assim, por consequência, a empoderamos de si mesma, e alimentamos as ideias deludidas da realidade.
Perceber que o medo antecipa fenômenos, ideias, sensações, e assim nos prepara para a defesa, com isso a nossa mente busca ter controle da situação de incertezas.
Mas, a flor de lótus não se suja de lodo…
A mente sem medo e livre, apenas se deixa levar pelas águas da sabedoria
Nada antecipa
Nada substancializa
Apenas
Desabrocha no lago lamacento.
Onde está o ponto que tudo diferencia?
A liberdade do contentamento com a existência e assim, estar presente
Na grande lei da causalidade, perceber o movimento vida a cada instante e responder, como o vento move a água.
Os conflitos, nascentes da mente em dualidade são como aprendizes dessa transição que, com a Sabedoria Buda, a nada se apega, apenas flui e desabrocha. A Flor de Lótus é a sua mente!