por Silvia Maria de Carvalho
Eis a grande questão: quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha?
Assim começamos uma discussão interminável: até que ponto o que somos é resultado do que foram os outros?
Tanto a carga genética, vinda de nossos pais, como o ambiente em que fomos educados, geram influência em nossa forma de ser.
Desde os modelos familiares até a cultura que estamos inseridos. Tudo faz parte do processo que molda nossa história de vida.
Quantas vezes nos perguntamos: o que tem mais peso? Quanto trago dos genes de meus antepassados; quanto aprendi no dia a dia; que poder teve minha família sobre o que sou hoje?
"Não é possível cindir o ser humano, em alma pensante e corpo vivente", segundo Aristóteles. Já Platão dizia: "O homem é um todo integral e indivisível".
Muitas vezes queremos saber de onde vem nossas "heranças emocionais" para entendê-las e ponto. Eu tenho sugestões de perguntas, que podem ampliar as possibilidades de reflexão.
Você é uma pessoa aberta a mudanças? Reflita…
Até onde posso mudar?
Até quanto meu cérebro se "estica" e se "molda" a novas possibilidades?
O quanto estou disposta a aprender novas maneiras de me comportar?
Fazer uma análise do que você aprova na sua vida e do que precisa ou gostaria de mudar, é um passo interessante. Você falou sobre ansiedade, mas podemos pensar em outras situações que se apresentam na vida cotidiana, e que, se reaprendidas, podem trazer mais prazer e liberdade.
Independente dos motivos que levaram você a ser como é, um dia nos damos conta que vida é nossa e a gente precisa se responsabilizar por ela. E só nós podemos fazer uma nova história.
O auxílio de um psicólogo pode trazer bastante benefício nessa análise e planejamento de alternativas para se viver mais feliz!