Cada caso requer uma cuidadosa avaliação clínica, pois tudo depende da intensidade dos sintomas e como estes comprometem a vida do paciente
E-mail enviado por uma leitora:
“Olá, meu filho foi diagnosticado com a síndrome de Tourette. Como deve ser tratado esse transtorno. A terapia cognitivo-comportamental seria indicada?”
Resposta: A síndrome de Tourette é um distúrbio neuropsiquiátrico caracterizado por tiques variados que podem ser motores e vocais por exemplo. São típicos dos tiques vocais os ruídos não articulados, como tossir, fungar ou limpar a garganta.
Esse transtorno geralmente se inicia na infância e sua causa ainda é desconhecida.
A avaliação é essencialmente clínica e é feita por um neuropediatra ou psiquiatra.
Terapia cognitivo-comportamental pode ser utilizada
Pesquisas apontam a terapia cognitivo-comportamental como tratamento de primeira linha para esse transtorno.
Uma técnica utilizada nessa terapia, é a reversão de hábito. Ou seja, observar as sensações que precedem o tique. Desse modo, é possível respondê-lo de forma mais positiva.
Na prática, trata-se de substituir o tique por um hábito mais saudável. Então, com o paciente já consciente sobre o que desencadeia o tique; ele pode, por exemplo, colocar as mãos no bolso ou apertar aquelas bolinhas de fisioterapia.
A meditação e relaxamento também podem ser usados para aliviar os sintomas.
No entanto, cada caso requer uma cuidadosa análise clínica para avaliar a necessidade de medicação. Assim, o uso de medicamentos dependerá da intensidade dos sintomas e como eles comprometem a vida do paciente.
Para concluir, é importante verificar o que traz estresse à vida do paciente, para que ele possa lidar melhor com isso e com sua ansiedade.
Atenção!
Esta resposta não substitui uma consulta ou acompanhamento de um médico psiquiatra ou psicólogo e não se caracteriza como sendo um atendimento.