Amizade desfeita: como elaborar?

Quando uma amizade é desfeita, nos questionamos se tinha que ser dessa forma mesmo. Às vezes não ocorre a sua ruptura. E aí, dá pra contornar?

As amizades são importantes, pois em nossa essência buscamos nos relacionar de diferentes formas. E fazer amigos nos proporciona vivermos nossa afetividade e sentimentos de forma diferente do relacionamento a dois.

No entanto, às vezes, as relações de amizade se complicam. Isso em princípio é plenamente compreensível e razoável, pois estamos falando de pessoas que se relacionam por identificações, afinidades, interesses… Mas, ainda assim, diferentes e com personalidades e temperamentos próprios.

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Amizade desfeita: como elaborar?

Quando terminamos uma amizade, e nos deparamos com um vazio nos sentimentos, nos questionamos se tinha que ser dessa forma mesmo. No entanto, só para rimar e descontrair, não sofra tanto… Reflita sobre as seguintes questões:

  1. Considere sobre tudo que tenha acontecido e conduzido à ruptura da amizade. Afinal, paciência e tolerância são atitudes inerentes em uma relação de amizade. Reflita, mas sem se punir, se culpar, ou se estressar, se não houve falta dessas atitudes da sua parte ou de ambos.
  2. Pense e verifique se vocês fizeram tudo que poderia ter sido feito para que não se rompesse a amizade. Caso perceba que poderia ter sido diferente, procure a pessoa e converse a respeito.
  3. Mas entenda também, dependendo do grau de divergência, a amizade pode ficar de fato inviável. Inclusive, por conta do modo de ser e agir de um ou de outro.
  4. Lembre-se que fim de amizade não significa ficar inimigo. E pode ser até que depois de um tempo, quando a temperatura baixar, arestas possam ser aparadas e essa amizade voltar em outro molde.

Quando a amizade passa por um momento difícil: dá para contornar?

Quando uma relação de amizade passa por um momento difícil, é preciso que se dê atenção especial a determinadas atitudes.

  1. Se a amizade estiver estremecida por qualquer motivo, releve e avalie se vale a pena você passar pelo estresse. Ou então, não seria melhor amenizar a situação e dar vazão ao que possam viver de bom e agradável.
  2. Evite assuntos e temas que reconhecidamente sejam polêmicos ou desagradáveis, como por exemplo, a polarização política. Na amizade mais vale viver a interação prazerosa.
  3. Se ainda assim prevalecer as divergências, distancie-se por um tempo, pois passamos por fases e isso pode estar repercutindo na amizade.
  4. Mas, se ainda assim, prevalecer os conflitos ou um clima ruim, reflita e avalie se vale a pena manter essa amizade. Afinal, amizade é para se relacionar bem, independente da necessidade, momento ou fase que cada uma das partes envolvidas esteja vivendo. Se estiver pendendo para o negativo, para a angústia, pode não estar mais valendo a pena.

Amizades são relações que podem ser rápidas ou perpétuas. Porém, dependem de um sem-número de fatores que irão influenciar em sua manutenção. No entanto, parte delas em seu controle e, boa parte delas, não dependem de você.

Mas sempre que possível, procure cultivá-las e curti-las, pois elas podem trazer felicidade e alegria para a nossa vida.

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Eduardo Yabusaki - Psicólogo e Sexólogo Especializado em Terapia Comportamental Cognitiva, Terapia de Casal e Terapia Sexual. Coordenador do Curso de Sexologia Clínica ministrado em diferentes cidades há mais de 15 anos. Docente convidado do Curso de Fromação em Sexologia Clínica de BH. Responsável pelo www.vidadecasalbh.com.br