por Thaís Petroff
Sempre que adentramos em um relacionamento amoroso entramos em contato com nossa vulnerabilidade. Gostar de alguém "abre nosso peito". Nos interessamos pela pessoa e queremos estar com ela. Assim, nos tornamos vulneráveis. Tememos dizer que queremos vê-la e ela negar. Tememos querermos mais e ela não. Tememos sermos rejeitados.
Esse é um risco que se corre toda vez que nos interessamos por alguém. Sentimos que perdemos o controle da situação, pois nosso querer já não é mais somente nosso, envolve o querer de outro alguém.
Não é incomum sabermos de pessoas que para lidarem com esse medo não aprofundam os relacionamentos e/ou saem com mais de uma pessoa sentido que assim não ficam tão vulneráveis. Desse modo, as relações não acontecem, somente interações.
Interações são aquelas que temos com o caixa do mercado, com o motorista do táxi, com um cliente. São educadas e superficiais. As relações pressupõem trocas mais profundas e a construção da intimidade emocional, na qual falamos de nós, de nossos sonhos e sentimentos. E isso está ligado à vulnerabilidade. Quanto mais vulneráveis e mais confiamos, mais a relação e o vínculo se fortalecem.
Para alguns o medo da rejeição é tão grande, que não se permitem se relacionar. As interações é o máximo que se permitem ir. E, muitas vezes se frustram ou se sentem vazios pela ausência de relacionamentos mais sólidos, por vezes, culpabilizando os outros por isso.
Se conscientize:
– Do seu medo em adentrar em uma relação verdadeira;
– De como você lida quando se sente vulnerável;
– Dos seus comportamentos para evitar se sentir rejeitado.
Anote tudo isso e reflita o quanto você mesmo, com suas crenças, decisões e comportamentos, pode estar se atrapalhando de ter a relação que você tanto gostaria.