Da Redação
Como nós nos conectamos e desconectamos com as pessoas? O que nós buscamos no outro e o que faz com que tenhamos uma relação de amor, de desejo, de namoro?
Segundo Wanessa Moreira, pós-graduada em psicologia transpessoal, essa conexão deve começar com uma amizade verdadeira. Ou seja, o casal deve ser amigo, isso é fundamental para se ter um relacionamento sadio. “Afinal, é com quem você vai ou pretende conversar por muitos e muitos anos”, afirma.
Para ela, existe um padrão de conexão que você constrói no decorrer do relacionamento, e que tende a se repetir nos relacionamentos posteriores, seja para situações boas ou ruins. “Isso não tem a ver com a fisionomia do parceiro, mas sim com o comportamento. Você vai se relacionando e descobre: puxa, de novo? E isso acontece geralmente quando a pessoa gostaria que determinada situação não se repetisse”, explica.
Nessa situação, muitas pessoas se perguntam:
Por que quando eu me conecto ou me relaciono com alguém, a “mesma história” acontece com o mesmo sentimento de fundo? Isso tende a acontecer até que a pessoa comece a entender qual é o padrão repetido – para que assim ela se transforme, mude sua percepção e, consequentemente, sua forma de agir.
Ao perceber isso a pessoa pode se conectar com o seu par de uma forma “mais inteira”. Isso pode ser até com a mesma pessoa, sem que seja necessário acabar com o relacionamento atual. Ao se ajustar em um novo padrão de comportamento, se reinventando, modificando sua forma de agir de e lidar com o outro, você automaticamente disponibiliza isso para o parceiro (a) que também irá mudar a percepção dele sobre você – e aí sim vocês se conectam de uma outra maneira.
Segundo psicólogos do Vya Estelar, o essencial é irmos lapidando-nos em nosso processo de autoconhecimento e de nossas escolhas afetivas para podermos construir relações mais satisfatórias, evitando cometer os mesmos erros de relações anteriores. Embora o objetivo intrínseco a todo relacionamento seja a busca da felicidade, é preciso saber que toda relação passa também por momentos ruins. E como diz o milenar oráculo chinês I Ching – O Livro das Mutações, escrito há mais de cinco mil anos, é preciso distinguir aquilo que passa daquilo que permanece, principalmente se for uma atitude enviesada do parceiro.
Wanessa complementa: “A pessoa tem que mudar para si mesma, e se o companheiro atual não acompanhar essa nova frequência, vai chegar alguém que a acompanhe. No entanto, o melhor é quando existe essa busca da felicidade pelo casal.”
Dicas
“Muitas vezes essa mudança do padrão pode acontecer em conjunto. E a primeira dica é observar o padrão de relacionamento que cada um teve desde o seu primeiro relacionamento ou casamento, para saber o que vem se repetindo. Por exemplo: eu não gosto quando ele me diz isso, faz aquilo, mão me trata bem ou não faz o que eu quero. Quando a pessoa localizar isso, ela tem que se perguntar que tipo de sentimento isso traz para ela”, explica Wanessa.
Psicólogos do Vya Estelar afirmam que é extremamente positivo, ao invés de acusar o parceiro ou ter uma atitude queixosa, que podem não ser muito bem-vindos, mas sim, revelar o tipo de sentimento que uma atitude causa, tende a ter uma recepção mais positiva do companheiro.
Seja o parceiro(a) que você quer ter. Muitas pessoas dizem: você não fez isso para mim, então eu não vou fazer isso para você! É aí que começa uma “caderneta infinita de dívidas” e não flui o relacionamento. Então, localiza o padrão, a emoção, olhe para você, seja o parceiro(a) que você quer ter e rasgue essa caderneta de dívidas para dar o primeiro passo para essa mudança.
Atenção!
Este texto não substitui uma consulta ou acompanhamento de um psicólogo e não se caracteriza como sendo um atendimento.