Até onde pode ir aproximação entre psicólogo e paciente?

Por Eduardo Ferreira Santos

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“Olá! Gostaria de fazer uma pergunta para ter certeza se minha opinião está certa ou não. Eu acho que não tem sentido um psicólogo (a) convidar um paciente para qualquer atividade fora do consultório, que não esteja envolvida na questão e nos propósitos buscados pelo paciente ou no que ele necessita de ajuda;  tanto seja um jantar, como um passear de carro na orla da praia. Mas minha pergunta é:  tem alguma coisa que justifique uma psicóloga (o) falar de sua vida pessoal amorosa ao paciente, mostrar excessivo carinho como olhar penetrante ou prender as mãos do paciente entre as suas, como num ato de carinho esticado literalmente prolongado, abraçar esse paciente de maneira corpo a corpo, e ainda mais se esse paciente passa por uma transição masculina tem 18 anos e sua psicóloga 50. Naturalmente que ele carente se agarrando a tudo que lhe dê carinho, com crises constantes de disforia. Na minha opinião isso é inadmissível! Necessito muito dessa resposta! Obrigada.”

Resposta: É dever do psicoterapeuta tratar seu paciente com respeito, atenção e até mesmo com carinho!

Mas é sua obrigação também evitar o máximo possível a erotização dessa relação.

Assim, como você descreve em sua pergunta é realmente inadmissível que um terapeuta erotize seus atos, seja qual for a idade do paciente, pois ele, o terapeuta, está lá para reestruturar o mundo psíquico e não seduzir o paciente.

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Aliás, no Juramento de Hipócratres é determinante à proibição de se utilizar da relação médico-paciente com esse fim!

Atenção!
Este texto não substitui uma consulta ou acompanhamento de um médico psiquiatra ou psicólogo e não se caracteriza como sendo um atendimento.

 

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