Da Redação
De acordo com uma pesquisa realizada em todas as capitais brasileiras e divulgada pelo Ministério da Saúde, o número de mulheres que ingerem álcool tem aumentado progressivamente ao longo dos anos.
Segundo o estudo, o percentual da população adulta que bebe álcool em excesso passou de 16,2% em 2006 para 18% em 2010, sendo que, o índice maior foi entre as mulheres: a taxa passou de 8,2 para 10,6% nos quatro anos.
O alcoolismo surge em homens e mulheres de maneiras diferentes. Para se ter uma ideia, devido ao organismo diferenciado, as mulheres absorvem o álcool 30% mais rápido. Atualmente, a dependência tem atingido todas as classes sociais e também várias idades. As causas que levam as mulheres a beberem vão desde as genéticas, psicológicas até aquelas desencadeadas por fatores externos como a perda do emprego, uma desilusão amorosa, etc.
“Independentemente da faixa etária, muitas dizem que bebem para driblar a fome e, com isso, emagrecer (comportamento chamado de drunkorexia)”, explica Ana Cristina Fulini, coordenadora terapêutica de uma clínica especializada no tratamento de dependência química.
O estresse no trabalho e a jornada dupla também podem ser fatores desencadeantes para o uso da bebida. Para que o estudo fosse realizado, o Ministério da Saúde considerou o consumo excessivo de álcool quando a mulher ingere quatro ou mais doses em uma mesma ocasião por mês.