Por Carminha Levy
Cada indivíduo é um ‘remédio’ original, único no planeta e o arquétipo do xamã visionário, ao trazer para a Terra o espírito criativo, o sonho ou a proposta de vida de cada um, torna-se, ele mesmo, esse ‘remédio’. Como Gandhi, o grande visionário, afirmou: “minha vida é a minha mensagem”. E só há um meio de ser visionário: viver plenamente a nossa autenticidade, nosso verdadeiro eu.
Ao percorrer o caminho do visionário, estamos construindo no nosso escudo protetor xamânico a direção sagrada Leste, cujo elemento é o Fogo.
O arquétipo do xamã visionário exige que digamos a verdade e que honremos as quatro maneiras de ver, que se expressam em quatro formas de se manter a integridade:
1º) dizer a verdade, sem acusar ou julgar;
2º) libertar os padrões de pensamento de negação ou indulgência;
3º) alinhar palavra e ação e
4º) Honrar a si mesmo como se honra aos demais.
Para atingir seus objetivos, o xamã visionário trabalha com as três forças vitais universais: dinamismo, magnetismo e integração.
Usa-se o dinamismo para dar início ou impulsionar experiências. É a energia utilizada para a expansão e a criação.
O magnetismo, que atrai, usa-se para a abertura, para o receber e para aprofundar a experiência. Usa-se a integração para aplicar, sintetizar e consolidar a experiência.
Para manter-se no caminho dos objetivos criativos e sonhos de vida, aos xamãs visionários é imprescindível honrar as quatro formas de “ver”: intuição, percepção, discernimento e visão. Da intuição nasce a visão exterior (percepção), interior (discernimento) e holística (visão).
Para manter-se permanentemente na verdade, o xamã visionário deve ter contato com seu lado ‘sombra’, que aparece sempre que ele nega sua própria verdade, sua autenticidade.
Os três maiores mecanismos de autonegação ou de sombra são: o sistema do falso eu, a abnegação e a projeção. Como podemos ver, o xamã visionário é um psicólogo nato, pois estes três aspectos são a base de todas as neuroses.
O falso eu está agindo sempre que fingimos, censuramos ou representamos um papel que se espera de nós. Por meio dele, expandimos a abnegação que nada mais é do que a renúncia a si mesmo pelo amor de alguém, para ser aceito, manter o equilíbrio ou permanecer em falsa harmonia.
A projeção aparece quando uma carga energética se faz presente e, olhando à nossa volta, encontramos a pessoa perfeita em quem depositar o que não aceitamos em nós.
O maior perigo de ‘sombra’ para o xamã visionário são seus pontos cegos e perspectivas fixas, que o levam a perder a espontaneidade e a se tornar demasiadamente identificado com a sua própria maneira de ver as coisas. Para curar estes aspectos-sombra, o xamã visionário cultiva o riso em relação aos seus erros e brinca, abrindo-se desta forma a pontos de vista alternativos.
O riso, combinado com a integridade, e a capacidade de dissolver polaridades e paradoxos, é o grande legado do xamã visionário.
Prática
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