A primeira vez que ouvi um som de baixo, de verdade, ao vivo – pertinho de uma PA – aquelas caixas que ficam ao lado do palco, foi em um baile, em 1976. Quem se lembra dos bailes? O som que a banda levava, tinha um puta groove da banda Black Rio. Aqueles graves encorpados e poderosos me enlouqueceram e era o mesmo baixo utilizado por Paul McCartney, um Rickenbacker. Nessa época, banda era chamada de conjunto, era o conjunto Soma. Durante aquele baile pensei: “Um dia, quem sabe… ainda vou aprender isso…”
Seis meses depois, passeava com meu pai pelo centro do Rio de Janeiro, e vi um Rickenbacker exposto numa loja, fiquei louco… Meu pai teve que me puxar pela mão, pois não queria sair dali.
Crenças limitantes e baixa autoestima atrasam a vida
Como um aficionado (fã_nático) pela música desde os 10 de idade, via meus ídolos do rock como verdadeiros deuses e que tocar baixo seria coisa só para gênios iluminados. E a baixa autoestima de um garoto franzino, com óculos fundo-de-garrafa, que começava a ganhar uma profusão de espinhas no rosto… e ia mal na escola, carregava a crença limitante, que só seria possível aprender a tocar baixo, se houvesse um mestre para ensiná-lo…
Por conta dessa crença, só assumiu a atitude de aprender, quando surgiu um professor já adulto, aos 22 anos de idade… Ressalto que o baixo elétrico nessa época, era ainda um rapaz com 34 anos de idade, e parte de técnicas utilizadas hoje, ainda não havia sido criada. O instrumento na sua versão elétrica foi projetado em 1951 pelo construtor de guitarras estadunidense Leo Fender (1909-1991) . O mundo era outro e não havia informação para nada.
Mas o que tudo isso tudo tem a ver com o conteúdo do Vya Estelar? O próximo post vem aí… acompanhado de flow e som!
O autor do texto respondendo ao título do post