por Alex Botsaris
Body Talk System (traduzido literalmente significa Sistema de Fala Corporal), também conhecido por BTS, é uma técnica de diagnóstico e tratamento recentemente difundida no Estados Unidos para buscar o equilíbrio corporal e o bem-estar físico. Mundialmente, assim como aqui no Brasil é conhecido apenas como “Body Talk”. A estratégia usada na sua criação foi a de unificar a sabedoria de medicinas milenares como a medicina tradicional chinesa e a quiroprática (medicina feita com as mãos), com conhecimentos atuais como a cinesiologia (ciência que análisa os movimentos do corpo) e a medicina moderna.
O Body Talk foi criado pelo médico acupunturista australiano John Veltheim, entre 1990 e 1995. Veltheim clinicou por mais de 20 anos em Brisbaine, na Austrália, onde ministrava aulas de várias terapias complementares como acupuntura e quiroprática. Pós-graduado em filosofia e teologia, sua área de pesquisa foi focada no sentido de desenvolver técnicas que tratem a alma, as emoções, e ao mesmo tempo o corpo, de forma unificada. Consta ainda que o próprio Veltheim teria ficado doente, com síndrome da fadiga crônica, tendo sido curado por um quiroprata. Esse fato foi um dos determinantes que o aproximou dessa técnica, e fez buscar um sistema de cura com toques no corpo. Assim surgiu o Body Talk.
Em 1998, Veltheim começou a divulgar suas idéias nos Estados Unidos, onde ganhou rapidamente muitos adeptos e muita notoriedade. Isso fez com que o Body Talk se difundisse pelo mundo de forma rápida. Sendo encontrado, hoje em dia, na maioria dos países chamados de desenvolvidos, inclusive no Brasil.
O Body Talk parte do princípio que o corpo possui uma inteligência inata que busca a cura e o equilíbrio todo o tempo. Isso nos mantém bem e saudáveis, e é chamado de homeostase pela medicina. Quando esse sistema fica bloqueado, surgem as doenças. Isso é ocasionado por uma quebra da comunicação entre órgãos e células do organismo acompanhado pelo acúmulo de uma energia nociva. O papel da terapia é desfazer esses bloqueios, eliminar a energia negativa, restabelecer a comunicação entre as células e recuperar a homeostase e o equilíbrio corporal.
O nome Body Talk vem da forma como é feito o diagnóstico nessa técnica. Ao tocar e mexer com o corpo do paciente, o terapeuta identifica quais as musculaturas que estão mais rígidas e com menor mobilidade, assim como regiões da pele sensíveis ao toque. De posse desses dados o terapeuta identifica quais órgãos e funções estão mais afetados e quais precisam ser tratados – com se o corpo falasse por si mesmo.
O tratamento é feito de forma muito semelhante. Usando a interposição das mãos e técnicas de mentalização, o terapeuta busca desfazer os bloqueios e remover as energias nocivas. Alguns terapeutas também empregam técnicas de manipulação como as da quiroprática e *cinesioterapia, para desbloquear grupos musculares.
A base de dados Pubmed (da Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos, considerada a maior base de dados médicos do mundo) só exibe seis trabalhos publicados sobre Body Talk. Todos são trabalhos descritivos de como é a técnica ou relatos de bons resultados clínicos mas sem dados estatísticos ou grupos de controle, o que não possui valor do ponto de vista da ciência moderna.
Entretanto, os relatos clínicos de pacientes que se submeteram a essa técnica são muito impressionantes, pela rapidez e intensidade da melhora de diversos problemas de saúde. Isso é um fator que tem trazido novos pacientes, e torna a técnica muito atraente para estudos científicos. De forma geral o Body Talk pode ser usado como terapia complementar em qualquer tipo de doença visando melhorar os resultados e potencializar outros tratamentos, como os da medicina convencional.
*É uma parte da cenesiologia voltada a terapia, que utiliza os movimentos do corpo como instrumento terapêutico
Atenção!
Esse texto e esta coluna não substituem uma consulta ou acompanhamento de um médico e não se caracterizam como sendo um atendimento