Por Renato Miranda
No texto anterior (veja aqui), expliquei por que a alegria e a diversão são a base do bom humor.
Agora dou prosseguimento ao tema humor na vida do atleta – ou de qualquer pessoa.
Não obstante reconhecer a importância do bom humor é preciso também avaliar que o excesso de humor pode provocar, na maioria dos casos, desarmonia psicofísica, ou seja, agitação física, desgaste desnecessário e excitação emocional excessiva que prejudica o melhor pensamento e equilíbrio emocional.
No caso do excesso de bom humor este se torna em euforia que mascara a realidade dos fatos presentes além de desmobilizar o atleta, principalmente em termos de concentração, para os enfrentamentos dos futuros desafios.
É claro que momentaneamente um breve período de mau humor ou euforia faz parte da vida do atleta e de qualquer pessoa, inclusive isso faz parte de uma vida saudável.
O mau humor recorrente é que prejudica a vida do atleta. Com mau humor, os órgãos não funcionam bem e o atleta se sente fraco e desmotivado. A apatia frente aos desafios é uma característica marcante do mau humor que repercutirá em insegurança nos gestos (ações esportivas) e medo de tomar decisões, principalmente nos momentos cruciais.
Ademais, o atleta com mau humor rapidamente perde a alegria de treinar e competir e com isso a prática esportiva perde o sentido, gerando conflitos internos que prejudicarão seu desempenho e claro, sua profissão.
O bom humor funciona como um elemento básico para o atleta se manter otimista perante os desafios aos quais ele se submete quase diariamente.
Baseado nos estudos do pesquisador americano Daniel Goleman que na década de 90 publicou várias pesquisas sobre emoções e comportamento humano, pode-se dizer que um atleta otimista desenvolve uma forte expectativa no sentido de que, em geral, tudo irá dar certo na vida, apesar dos reveses e das frustrações.
O atleta que se mantém bem-humorado tem possibilidades de vivenciar com otimismo sua árdua rotina e em consequência o bom humor agirá como um ótimo motivador.