Caldeirão de emoções: Como um caldeirão no fogo à lenha, onde a exímia cozinheira mistura sabores dos condimentos e ingredientes, e onde o perfume desse resultado invade a pequena cozinha ao grande salão, assim é a nossa mente.
Um caldeirão de emoções, experiências, sentimentos, imaginações, reflexões, esperanças e expectativas, são misturados e servidos ao mundo em meio às atitudes cotidianas. O perfume de nossas ações às vezes é muito bom, agradável. Outras vezes não.
Nesse processo de girar o caldeirão de nossas experiências, pessoas podem se aproximar para se servir, movidas pelo perfume agradável de sua presença. Mas, quando o perfume de nossas ações não é agradável, geralmente as pessoas se afastam. São muitos os motivos de aproximações e afastamentos.
Pode estar agradável o sabor ou o perfume, mas as pessoas têm alergia a determinados condimentos, opiniões, e assim, para servir, é importante conhecer os limites de quem está junto a você. Perceber as diferenças e atender cada uma com gentileza e atenção, antecipando-se com a atenção plena e esforço correto.
Caldeirão de emoções
Nossa vida é muito parecida com o que acontece em uma cozinha, nos preparativos dos alimentos, no planejamento do cardápio e no serviço, nas satisfações e insatisfações. Alimentar cada ser humano é ajudar em sua nutrição, para que tenha saúde física, emocional e social. Mas, os gostos variam, e a forma de relacionar com aquilo que não gostamos, mobiliza uma série de reações.
O que você oferece aos outros também pode ser rejeitado, como também rejeita o que lhe oferecem. A oferta é feita, mas quanto às respostas de a aceitação ou não, não há como saber. Ou há?
A fome por atenção, a carência de nutrientes, experiências sem sabores promovem ansiedades e rejeições.
Como nossa mente se manifesta e se torna saudável?
Apreciando cada momento como ingredientes a serem preparados, tanto para sua própria nutrição quando às pessoas ao seu redor.
O momento presente depende de sua capacidade de cuidar e não é só seu. O momento presente é a presença de todas as pessoas ao seu redor, como também do vento, do sol, da chuva, das flores, da terra, da mata, dos animais, objetos… da cidade, do campo, da casa…
Como a mente que observa e aprecia como oportunidade, como o chef de cozinha quando olha para a prateleira de temperos e abre a geladeira e escolhe o alimento do dia, a mente apreciativa realiza o grande sabor. Sem apegos ou aversões e com escolhas. Você pode perceber isso, como também, não perceber.
Mas, não se preocupe, ao andar sem noção pelas ruas, como um corpo sem vida, quem sabe em alguma esquina, os perfumes de boas ações, de corações em paz, envolvam você e nesse convite possa se servir à vontade!