O estilo de uma casa, percebido como feio ou bonito, define se aquela casa será ou não um lugar afetivo?
Apareceu hoje no meu Insta um post falando sobre estilos de casas. A ideia, basicamente, era transmitir que: “as casas bonitas e afetivas eram as de antigamente, e que as casas mais modernas, com suas linhas retas e atmosfera minimalista, eram feias, frias, um erro… e por aí vai…”
Não precisei caminhar muito nos comentários desse post para ver as pessoas brigando e se atacando ao defender as casas que consideravam mais belas.
Vocês já se deram conta do quanto é nociva essa nossa tendência a criticar os outros? Ou de nos sentirmos ofendidos quando a opinião do outro difere da nossa?
Por que não podemos simplesmente permitir que cada um goste da casa que mais lhe agrada?
Vou além.
De onde tiramos a ideia de que aquilo que se manifesta em nossas vidas, seja afeto, beleza ou qualquer outro adjetivo, venha de FORA de nós?
Casa, estilo, lugar afetivo
Você “realmente” acredita que é o estilo de uma casa que define se aquela casa será ou não um lugar afetivo?
Ouça.
Uma pessoa com amor no coração pode tornar até mesmo uma caverna um ninho de paz. O oposto também é real.
Quantas vezes já não fomos a lugares aparentemente perfeitos e nos sentimos mal, querendo apenas sair de lá o mais rápido possível?
O afeto não está nas paredes, nas roupas, nos objetos ou perfumes, como quiseram nos fazer acreditar.
O afeto brota de um coração compassivo, da sensibilidade, de um olhar, da delicadeza do toque, do AMOR que mora dentro de cada um de nós.
O afeto pode ser bebido numa xícara de chá quentinha, ou num cobertor desgastado por tanto ter abraçado quem amamos. O afeto está na lambida dos nossos animaizinhos, no bolo quentinho, no hortelã colhido no jardim.
Não briguemos pelo que não existe. Isso tem nos destruído aos poucos.
Casa feia não depende de linhas arquitetônicas. Casa feia é casa sem Amor.
(Peço que compreendam que não estou falando de arquitetura aqui.)
Com amor.