por Tatiana Ades
Às vezes é muito difícil percebermos se estamos pisando em terra firme, num relacionamento ‘saudável e pacífico’ ou se estamos insistindo em algo falido, tentando modificar o que está inatingível de ser consertado.
Acho importante fazermos algumas reflexões com objetivo de sabermos definir se devemos prosseguir e insistir na relação ou se é hora de assumir que o final chegou e partir para outra.
Por isso questione-se e reflita:
1ª) Você sente que está doando mais do que 50% e recebendo menos? Quanto você está doando e quanto está recebendo?
2ª) Sente-se pressionada(o), desanimada(o), estressada(o) quando está com a pessoa e mesmo assim insiste em modificar esses sentimentos?
3ª) Vocês traçam metas e compartilham de sonhos conjuntos ou cada um está vivendo totalmente por conta própria, a única coisa que dividem são as contas?
4ª) Os seus limites estão sendo respeitados, você respeita os limites do outro ou as brigas e a falta de sinceridade, limites e ética não estão mais presentes entre vocês?
5ª) Sente que as brigas se tornaram constantes? Essas brigas estão ganhando a luta contra a sinceridade, o diálogo e o respeito?
A melhor forma de resolver um problema é sermos honestos conosco, não fingir que tudo está tudo bem quando o caos impera. Dialogar com o parceiro é essencial. Se ambos concordarem em tentar levar adiante o que está desmoronando, ótimo, se apenas um dos dois está disposto a fazer concessões, tentar melhorar o que está ruim, nesse caso não há como prosseguir. É preciso dos dois para que a situação possa voltar à harmonia. Uma pessoa sozinha não consegue modificar a situação do casal e, principalmente, modificar o outro: ninguém muda ninguém.
Reflita, dialogue, exponha seus sentimentos ao outro, perceba se ele (a) está disposto (a), assim como você a lutar pelo relacionamento; perceba se você está disposta (o) a realmente lutar também ou se a sensação de término te traz alívio.
Pense… uma relacionamento é saudável quando doamos 50% e recebemos 50% , quando ambos estão traçando metas conjuntas, batalhando para que o sentimento não morra. A sensação de harmonia entre o casal é o melhor termômetro para saber quando estamos falidos ou não em nossa relação.
E caso a relação de fato esteja falida, precisamos erguer a cabeça e recomeçar. A partir dessa experiência é possível perceber o que iremos aceitar ou não no próximo relacionamento, o que não iremos mais admitir, o quanto precisamos nos valorizar, quais serão os nossos reais limites, o quanto estaremos dispostos a ceder.
Independente de estarmos sozinhos ou acompanhados, o que vale é a paz interior. Por isso faça uma limpeza interna, tenha lucidez e persiga isso de forma honesta. Afinal, o que vale é a nossa felicidade, independente do nosso estado civil e regras sociais.