Colocar meu filho de castigo pode ser educativo?

Essa é uma dúvida muito comum entre os pais, mas há uma alternativa simples e eficaz; saiba

E-mail enviado por um leitor:

“Minha pergunta é bem simples: gostaria de saber se colocar o meu filho de castigo pode ser educativo? Caso seja, em que tipo de circunstância faria isso? Caso não seja, qual seria a alternativa para uma criança de seis anos?”

Resposta: Muitos pais têm essa dúvida. Na verdade, castigo não ensina nada e nem melhora o comportamento. O que acontece, é que o castigo é uma atitude imposta e que muitas vezes a criança não entende o porquê do castigo. Uma outra opção é mostrar que todo o comportamento tem consequências boas ou ruins. Mostrar ao seu filho as consequências irá ensiná-lo.

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Desde muito cedo as regras e limites norteiam o comportamento das crianças. Estes dão a noção de como devem se comportar e quais as expectativas dos pais. Se as regras forem quebradas existem as consequências. As regras ajudam a criança a aprender os próprios limites. E também mostram que os pais se importam com os filhos. Na medida em que fazer tudo o que se quer, e a todo o momento, mostra que ninguém se importa com a criança.

Como estabelecer regras

Assim. as regras devem ser claras e colocadas de acordo com a idade e o desenvolvimento da criança. Os pais devem sentar com os filhos e discutir algumas regras para uma melhor convivência como: hora para dormir, ouvir quando o outro está falando etc.

Já com um adolescente, as regras serão a hora de chegar em casa, tempo na internet. Quanto às consequências, serão combinadas antes.

Desde os dois anos a criança já tem desenvolvimento para entender o que são regras e também as suas consequências. Mas regras quanto à segurança física da criança, não são negociáveis. Essa opção da regra além de ajudar a criança a amadurecer, ensina a ela um comportamento adequado. Enquanto que o castigo não ensina o comportamento correto.

Atenção!
Esta resposta não substitui uma consulta ou acompanhamento de uma psicopedagoga e não se caracteriza como sendo um atendimento.

Betina Serson é graduada em Pedagogia com pós-graduação em Psicopedagogia e Mestrado em Early Childhood Education nos Estados Unidos. Trabalhou por vários anos em escolas de educação infantil Americanas. De volta ao Brasil trabalha com psicopedagogia clinica, capacitações para profissionais, colunista na área de desenvolvimento infantil e palestrante.