Entenda o “trem da pandemia”, onde um vagão puxa o outro e nos leva ao medo, ao desespero…
E-mail enviado por uma leitora:
“Com o Brasil chegando já a ultrapassar 4 mil mortos em um só dia, a pandemia tornou-se medonha. Não sabemos nem onde e nem quanto tempo isso vai durar, mas vai demorar… Minha pergunta é simples: como conviver com o medo que essa pandemia provoca? Antes tinha uma preocupação, que agora se transformou em medo de umas três semanas para cá. Não sou só eu que estou com medo. Ouço de minhas amigas frases como: “se conseguirmos passar por tudo isso e sobreviver está bom”,
Resposta: Vivemos, mesmo, tempos sombrios e assustadores.
Ter preocupação, receio e até mesmo medo dessa doença se tornou normal, habitual.
O trem da pandemia
Creio que a mídia, com talvez, a intenção de alertar a população, apresenta sempre notícias aterrorizadoras:
– hospitais em colapso, se o hospital não está lotado, falta oxigênio;
– se tem oxigênio, faltam remédios;
– não tem médicos, se tem médicos, estão esgotados, em “burnout”;
– se os médicos estão esgotados, não conseguem fazer um atendimento de qualidade;
– se não fazem um bom atendimento, morrem milhares de pessoas;
– se morre tanta gente, vão faltar covas, se há covas, vai faltar caixões para enterrá-los;
– se há caixões, faltam coveiros, se há coveiros, não há tempo para enterrar todos que morrem, é preciso fazer enterros de madrugada… e por aí vai!
Com tudo isso martelando cotidianamente em nossa cabeça, começa mesmo um certo desespero e até desatenção. Acabamos por esquecer o princípio da mensagem que era: CUIDE-SE!
Se você se cuidar, a possibilidade de pegar o vírus é mínima
Com as medidas adequadas de proteção, a possibilidade de se contrair a Covid é mínima ou nenhuma. A porta de entrada do vírus são as mucosas (olhos, nariz e boca) de modo que, se você estiver protegida, não há como o vírus entrar em seu corpo!
Não frequentar lugares de aglomeração, usar óculos e máscara de proteção, lavar as mãos são medidas que a colocam a salvo da peste.
Os vírus não entram pela pele, então basta ter cuidados para não colocar as mãos sujas em contato com olhos, nariz e boca! Isso é tão óbvio, mas é trabalhoso.
Não precisa ter medo, tenha precaução! Já dizia minha avó: “é melhor prevenir do que remediar”. Portanto, cuide-se! Você se cuidando, precavendo-se, não há o que temer. Fique bem!
Atenção!
Esta resposta não substitui uma consulta ou acompanhamento de um médico psiquiatra e não se caracteriza como sendo um atendimento. Vamos usar o lado biológico do medo que existe para que não nos coloquemos em risco!