Desenvolver a resiliência é, de certo modo, se reinventar. Veja neste post 10 dicas para você desenvolvê-la. Entenda o conceito de resiliência.
Depressão, ansiedade, pânico, lutos não elaborados, dentre outros danos causados à saúde mental, são os saldos que a pandemia tem nos deixado e continuam a crescer. Foram muitas perdas e a saúde mental profundamente afetada. É o que percebemos na prática clínica no atendimentos a pacientes.
Então, costumo dizer que a nossa resiliência tem sido testada a cada momento, feito um elástico que estamos puxando e esticando. Faço um alerta apenas para que cuidemos de não romper esse “elástico”.
Mas, por outro lado, algumas pesquisas, como duas realizadas na USP, mostram que somos seres extremamente resilientes, mais do que imaginamos ser. Portanto, temos uma grande capacidade de nos reinventarmos.
O que é resiliência?
Resiliência é um termo que vem da física, que diz respeito ao nível de resistência que um material pode sofrer frente às pressões sofridas. A psicologia tomou emprestado esse termo e fazemos uso referente ao grau de recuperação emocional que o indivíduo mostra-se capaz de ter diante de adversidades.
Como desenvolver a resiliência?
A resiliência se dá pelo resultado de aprendizagens sociais, experiências de vida e situações que vamos enfrentando. Ao contrário do que muitos pensam, a resiliência é uma habilidade que pode ser desenvolvida ao longo da vida. Ou seja, é aprendida. Trabalharmos e exercitarmos a nossa habilidade social, e a nossa inteligência emocional favorece o seu desenvolvimento.
O treinamento da resiliência na nossa vida começa na infância e se desenvolve no decorrer da vida de forma peculiar para cada um de nós, dependendo da maneira com que vamos enfrentando as frustrações e as adversidades que nos acometem.
10 dicas para desenvolver a resiliência
1ª Pratique a flexibilidade, isto é, seja mais flexível com você e com a vida.
2ª Concentre-se mais nas lições de vida e menos nos erros.
3ª Seja mais positivo na sua visão de mundo.
4ª Procure ter bons relacionamentos e ter mais habilidade social para se relacionar. Isso é fundamental.
5ª Pratique atividade física. Isto gera endorfina e traz bem-estar.
6ª Alimente-se bem.
7ª Leias mais livros e use menos as redes sociais.
8ª Permita-se descansar.
9ª Procure adquirir novos hábitos e conhecer coisas novas.
10ª Faça psicoterapia, pois isso lhe ajudará a achar um sentido de vida.
Karina Simões
Psicóloga Clínica Cognitivo-Comportamental; Mestre em Psicologia Clínica e da Saúde - UFP - Universidade Fernando Pessoa em Portugal. Defendeu a sua dissertação com excelência e nota máxima sobre: “A interferência das redes sociais nos relacionamentos”. Especialista em Psicologia da Saúde, Desenvolvimento e Hospitalização – UFRN; Especialista pela Faculdade de Medicina do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP – SP. Foi professora da Pós-graduação em Psicologia – Terapia Cognitivo-Comportamental (Unipê). Há 20 anos atendendo na clínica a adolescentes, adultos, casais e famílias. Membro da Federação Brasileira de Terapias Cognitivas - FBTC. Mantém o Blog próprio desde 2008. Mais informações: www.karinasimoes.com.br. Atendimentos com consultas presenciais ou online
