Exposição dos filhos às fake news aumentou ainda mais na pandemia e isso exige um monitoramento dos pais e uma limitação ao tempo de uso do celular
E-mail enviado por um leitor:
“Agora na pandemia meus filhos de 8 e 10 anos, estão ainda mais expostos às fake news e informações imediatas que estão na palma da mão. O que a senhora me sugere fazer?”
Resposta: Nós todos estamos expostos a muitas informações o tempo todo, e muitas vezes alarmantes e contraditórias, como as fake news.
Exposição dos filhos às fake news
Já estávamos conectados o tempo todo e durante a pandemia piorou muito a exposição. Tente manter seus filhos longe da internet, conversando ou fazendo atividades.
Se puder, vá a uma praça ou parque e faça um piquenique ou jogue bola com os seus filhos. Existe uma avalanche de informações e muitas falsas.
Se puder, tente mostrar aos seus filhos os erros das notícias. Não é necessário uma conversa formal. Mas quando estiver junto com os seus filhos, e eles comentarem uma fake news, converse e mostre o que está errado ou sente e procure na internet sobre essa notícia e verifique com o seu filho o que são fake news.
Explique que não se deve compartilhar notícias que não temos certeza da procedência ou se são verdadeiras.
Quanto tempo meu filho pode ficar no celular?
Não gosto muito de dar horários fixos. Mas evidentemente, eles ficarão conectados durante o tempo das aulas online e depois devem dar um tempo para outras atividades, como um recreio. Vamos dizer assim que seria a cada duas horas conectado teria um intervalo de 40 minutos. Acho que pode dar esse tempo.
Oriente sobre o cyberbullying
Converse também sobre o cyberbullying. Ou seja, os comentários que são feitos contra algum amigo ou amiga. Explique o que é bullying e como esse comportamento pode impactar negativamente a vida de alguém.
Entre nas redes sociais dos seus filhos para saber com quem eles estão se comunicando. Explique que isso é para a própria segurança deles. Quando tudo isso passar, poderemos voltar a sair novamente e ter um convívio presencial.
Atenção!
Esta resposta não substitui uma consulta ou acompanhamento de uma psicopedagoga e não se caracteriza como sendo um atendimento.
Betina Serson
Betina Serson é graduada em Pedagogia com pós-graduação em Psicopedagogia e Mestrado em Early Childhood Education nos Estados Unidos. Trabalhou por vários anos em escolas de educação infantil Americanas. De volta ao Brasil trabalha com psicopedagogia clinica, capacitações para profissionais, colunista na área de desenvolvimento infantil e palestrante.
