Será que meu casamento está em crise?

O primeiro passo para lidar com um casamento supostamente em crise, é ter uma conversa reflexiva com o parceiro, mas sem uma vibe de ‘Dr’

E-mail enviado por uma leitora:

“Como posso saber se o meu casamento está em crise? Somos casados há cinco anos, não somos mais os mesmos… A frequência de sexo, beijo e afeto diminuíram e discutimos por questões banais… E não há mais aquele zelo e cumplicidade do início. Por favor, preciso de ajuda, peço que me respondam… O que eu faço? Obrigada.”

Resposta: É muito difícil identificar se um casamento está em crise apenas com algumas palavras. Para isso, é preciso um olhar mais profundo dessa relação e tentar entender como essas situações chegaram a esse ponto: frequência sexual, afeto… e não apenas dizer se é uma crise ou não.

A crise pode se dar por diversas formas, até mesmo por questões de divergências políticas ou sobre objetivos de vida. Identificando os pontos, pode-se tentar sanar a crise e ressignificar a relação.

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Como lidar com um casamento supostamente em crise

Primeiramente, acredito que você precisa conversar com o seu/sua parceiro(a) sobre as coisas que você elencou, e falar sobre sua preocupação. Às vezes ele(a) também está incomodado e ainda não teve a oportunidade de falar ou refletir sobre a relação.

Uma dica para ver o que está acontecendo, é tentar traçar uma linha do tempo com eventos que foram importantes na relação, que possam ter contribuído para um mal-estar. Acredito que a sua queixa não começou de um dia para outro. Então, identificando esses momentos de discrepância, discussão ou diferentes pontos de vista, pode-se chegar a informações relevantes para conversar.

Convide o(a) sua/seu parceiro para olhar para essa linha do tempo com você. Veja marcos importantes da vida de vocês que possam gerar esse distanciamento e tentem ver se é possível conversar e curar possíveis feridas que esses marcos possam ter deixado.

Avalie se você consegue se ver com o(a) seu/sua parceira(o) daqui a uns meses, anos ou décadas. Se sim, vislumbre o que gostaria de estar fazendo e tentem traçar metas e objetivos juntos. Mas avaliem também empecilhos que possam ser pedras no caminho de vocês e o que pode ser feito para enfrentá-los.

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Promova junto com seu/sua parceiro(a) encontros amorosos, para variar um pouco a rotina e assim tentar resgatar o afeto que se dá no início da paixão.

E se perceber que é algo mais profundo, ou até mesmo feridas muito grandes, procure ajuda de um psicólogo.

Atenção!
Esta resposta não substitui uma consulta ou acompanhamento de uma psicóloga e não se caracteriza como sendo um atendimento.

Psicóloga Clínica, Psicodramatista pela Associação Brasileira de Psicodrama e Sociodrama (ABPS), cursando nível II e III na Sociedade Paulista de Psicodrama e Sociodrama (SOPSP) e Terapia de Casal no Instituto J L Moreno. Pesquisadora no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas FMUSP no PRO AMITI no setor de Amor Patológico e Ciúme Excessivo. Vice-presidenta da Associação Viver Bem

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