Por Eduardo Yabusaki
Vivemos tempos em que muito pouco se tolera a frustração nos relacionamentos.
As pessoas, de uma forma geral, estão muito pouco dispostas a aceitar as diferenças ou tão pouco criar condições para respeitar e conviver bem com o que não lhe agrada ou não seja como imaginou.
Observamos que os pares acabam se separando e rompendo o relacionamento por coisas simples e por vezes mínimas que poderiam tranquilamente ser revistas, reavaliadas e redirecionadas na convivência a dois. Entretanto, não sentem vontade para resolver problemas, dificuldades e divergências.
Não é incomum nos depararmos com pessoas que pulam de relacionamento em relacionamento como macaco que pula de galho em galho. Ou seja, começam a viver uma proximidade maior, e nem bem a aprofundam, e já estão insatisfeitas, impacientes e sem motivação para continuar a relação.
Muitas vezes percebemos que isso acontece, mas não refletimos sobre as consequências disso, para o indivíduo e o seu par. Por vezes, tendemos a achar que fomos pegos por uma condição ou situação desconhecida e nos transformamos em vítimas das circunstâncias – passíveis a qualquer pessoa ou a qualquer relacionamento.
Talvez esta não seja a melhor maneira de conduzir a ruptura de um relacionamento, na qual me torno vítima de uma situação, que deve ser sempre levada em consideração. Ou seja, os desenganos vividos na convivência de um relacionamento não deveriam ser uma surpresa para qualquer uma das partes. Isso indica um despreparo ou imaturidade para viver um relacionamento a dois mais profundo.
Assumir o despreparo em lidar com dificuldades, conflitos ou insatisfações pode ser um caminho mais produtivo e sadio, uma vez que esse reconhecimento possa produzir um efeito de busca de sua parte por um desenvolvimento e crescimento pessoal para lidar com essas situações.
Não há regras ou fórmula para um término de um relacionamento, uma vez que, estamos aqui tratando de sentimentos, emoções, afetos e impulsos e quem nem sempre são bem entendidos. Por isso é necessário todo um cuidado para que palavras ditas no momento da ruptura não venham a magoar o outro.
Lembre-se que se vitimizar não promove nada de bom a você mesmo, quanto menos ao relacionamento; só faz banalizar sentimentos importantes e desviar a atenção do que realmente possa ter acontecido ou interferido para o “fracasso” da relação.
É sempre importante que ao término do relacionamento se faça uma avalição de tudo que possa ter ocorrido, refletindo e aprofundando sobre seus sentimentos para que não venha a cometer os mesmos equívocos em relações futuras.
O sucesso em um relacionamento não acontece por acaso, ele é fruto de toda uma construção que permitirá que ambos possam caminhar rumo a um bom, prazeroso e satisfatório relacionamento.
Viva sem medo de ser feliz, mas acredite sempre que para dar certo, dependerá de um grande esforço de ambos.