Como se relacionar com a vida em sua melhor possibilidade

Para ser saudável, é necessário se relacionar com a vida em sua melhor possibilidade, a da troca; entenda

O que é síndrome do prânico?

Prana é o nome oriental dado à energia vital que permeia todo o universo. Quando por algum motivo eu me privo da relação pessoal com esse conceito, ando à beira do abismo chamado pânico.

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Para ser saudável, devo me relacionar com a vida em sua melhor possibilidade, a da troca. Quando o fluxo de trocas atinge sua perfeição, a pessoa vivencia o que denomino de “Síndrome do Prânico”. Para que trocas aconteçam, é preciso permeabilidade, porosidade, disponibilidade, coragem, desapego e adaptabilidade.

Quando estas qualidades não existem, surge a necessidade de se proteger da perda, do sofrimento, do ladrão, da doença, dos governantes e de toda situação que ameace sua zona de conforto; a pessoa busca garantias. Mas como se garantir em um mundo cuja regra principal é a mudança?

Se relacionar bem com a vida implica em se adaptar e seguir o fluxo das mudanças com desapego

Qualquer tentativa de se garantir em um mundo mutante, que seja diferente de mudar e se adaptar, implica em atrito. O atrito do momento se apresenta como pânico.  Se o prânico é relação, o pânico é solidão. Pã, na mitologia grega é o filho de Zeus que cuida da natureza e da primavera, representações máximas da transformação e da energia em fluxo. Esse deus é temido por aqueles que atravessam a floresta à noite, cuja solitária travessia os predispõem a pavores súbitos desprovidos de causa aparente.

É preciso repensar as florestas noturnas ou desertos da opinião pública, do senso comum e das pesquisas populacionais, em favor da vida que flui em nosso interior. Como ela se coloca em termos de estabelecer relação com a vida que acontece no exterior, à nossa volta?

Quanto mais alguém busca garantias maior o atrito com a vida que flui, maiores as perdas e maior o pânico; quanto mais busco relações e transformações, que muitas vezes aparentam um perder-se, maior minha realização, sensação de liberdade e de comunhão com o prânico. Perder-se para Encontrar-se ou encontrar-se para perder-se?

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A pergunta que impulsiona é: o rumo de minha vida está em relação com o pânico ou com o prânico?

Médico Neurocirurgião pelo HCFMUSP Doutor em Neurociências pelo ICBUSP Graduado em Física pela USP Especialista em Medicina Antroposófica pela ABMA Autor do livro e do blog: Saúde é Consciência Meu blog: http://saudeconsciencia.blogspot.com