Entenda por que seguir a intuição no relacionamento amoroso pode ser uma faca de dois gumes e por que razão, emoção e intuição devem caminhar de mãos dadas
E-mail enviado por uma leitora:
“Ao começar a sair com alguém, a intuição pode te ajudar a avaliar se deve seguir em frente ou não? Mesmo sentindo um certo desconforto, você resolve seguir em frente… isso é contrariar a direção que sua intuição lhe aponta? Mas e se a intuição trouxer uma sensação de conforto muito aprazível? Suas ações devem ser acompanhadas pelos seus sentimentos? Enfim, como se servir da intuição no início de um relacionamento? Afinal um relacionamento amoroso pode te levar por caminhos, às vezes, jamais imaginados, e com um custo muito alto…”
Resposta: A intuição é uma percepção que se baseia na soma de todas as experiências vividas pela pessoa e se manifesta como um impulso.
Explicando: é como um “bolo” de vivências do qual não se pode mais separar os ingredientes que aponta caminhos, principalmente frente a uma escolha polêmica. Essa escolha não se baseia em lógica, não é racional, justamente porque não é possível explicá-la. Sente-se e pronto.
Numa escolha amorosa nem sempre a intuição é a primeira ferramenta usada. Pessoas escolhem seus pares por aparência física, por identificação de ideias ou por conveniência social, entre outros motivos; pessoas se apaixonam mais pelos seus ideais projetados no ser amado do que pela pessoa em si. Nessa fase a intuição poderá facilmente enganar uma pessoa, porque a pessoa tenderá a achar que achou o par perfeito. Mas nem sempre é assim…
Passada a fase da paixão, a verdadeira pessoa começa a aparecer. Esta é a fase mais difícil e mais decisiva para assumir a escolha. Aquele ser projetado não é tão perfeito assim, tem seus defeitos e suas qualidades.
Como saber se vai dar certo?
É aí que começa a verdadeira escolha. E nesse momento razão, intuição e emoção devem caminhar juntas.
A razão vai analisar, através da lógica, se a pessoa corresponde ao que ela consegue enxergar como expectativa; a emoção vai apontar se ela se sente bem ao lado daquela companhia. E é nesse momento que a intuição pode entrar como um sinalizador mais confiável sobre a viabilidade do relacionamento.
Seguir intuição no relacionamento pode ser uma faca de dois gumes
Traduzindo em miúdos, a intuição é uma faca de dois gumes. Dependendo do momento em que a pessoa se apoiar nela pode acertar ou errar feio. Apesar disso, a intuição não deixa de ser uma ferramenta importante nas escolhas que fazemos. Afinal, não é possível lembrar de todas as informações que obtivemos para tomar uma decisão. E a intuição pode entrar para nos dar a resposta final.
É importante treinarmos nossa intuição para que ela não vire um mero resultado do acaso ou de crenças infundadas. Podemos tentar “adivinhar” coisas e ver qual o nosso ranking de acertos. Esse jogo acaba por desenvolver nossa capacidade de escolher, intuitivamente, aquilo que tem a maior chance de suprir o que buscamos. E nos mostra, de certa forma, se nossa intuição está afiada o suficiente para confiarmos nela.
Lembrando novamente a razão, a emoção e a intuição devem caminhar de braços dados quando pretendemos fazer a escolha certa. Como diz o ditado, nunca devemos colocar todos os ovos em uma só cesta.
Atenção!
Esta resposta (texto) não substitui uma consulta ou acompanhamento de uma psicóloga e não se caracteriza como sendo um atendimento.