Como separar amor de sexo. É possível?

“Separar” amor de sexo, por si só, já é um tema subjetivo, justamente porque ambos envolvem sentimentos, e sentimentos… só quem sente tem propriedade para falar dos seus

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“Vi uma matéria ontem na internet que me deixou bem confusa… Era sobre mulheres que conseguem desvincular o sexo do amor, do afeto… Inclusive a própria Rita Lee cantou… “amor é isso, sexo é aquilo”. Enfim, gostaria muito de saber como objetivamente fazer essa separação, para ficar só com o tesão, com a química…”

Resposta: Objetivamente, o desejo sexual, quando puramente carnal pode mover a pessoa a fazer sexo com alguém apenas pelo objetivo da satisfação sexual. Só pelo tesão, pela química… O interesse é na transa, na fantasia derivada da atração sexual, sem envolver troca de sentimentos legítimos. E tudo bem quando não há expectativa de um compromisso ou intimidade entre as partes envolvidas.

Já o amor envolve sexo, intimidade, admiração e compromisso na relação. Todavia, uma relação pode começar baseada puramente em atração sexual e se transformar em amor.

Separar amor de sexo

Agora, falar sobre “separar” amor de sexo por si só já é um tema subjetivo justamente porque ambos envolvem sentimentos, e sentimentos só quem sente tem propriedade para falar dos seus. Cabe, portanto, um bom acordo entre as partes envolvidas sobre qual o objetivo dos encontros – sexual ou iniciar um compromisso -, inclusive para que cada um proteja seus sentimentos, no caso de algo eventualmente mudar no meio do caminho para uma das partes.

Atenção!
Esta resposta não substitui uma consulta ou acompanhamento de uma psicóloga e não se caracteriza como sendo um atendimento.

É Psicóloga Clínica, Terapeuta Sexual e de Casais no Instituto H.Ellis-SP; psicóloga no Ambulatório da Unidade de Medicina Sexual da Disciplina de Urologia da FMABC; Doutora em Ciências pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo; epecialista em Sexualidade pela Sociedade Brasileira de Sexualidade Humana – SBRASH; autora do livro “Mulher: produto com data de validade” (ED. O Nome da Rosa) Mais informações: www.instituto-h-ellis.com.br

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