“Sempre que faço amor com um date me arrependo. Agora na pandemia dei uma segurada. Mas sinto tesão, sinto falta… Mas outra questão, essa sim que me atormenta, e que me motivou a enviar este e-mail. Gostaria de saber qual seria a saída para mim: pois sempre que faço sexo casual, depois me arrependo… Parece que os homens não querem mais criar vínculos… O que faço? De um lado o tesão e do outro o arrependimento após transar com o date.”
Resposta: Em relação ao período da pandemia, já se observa que pessoas solteiras diminuíram ou interromperam seus encontros sexuais devido ao medo de pegar Covid 19 e, principalmente, de expor os seus familiares ao risco. Mas, é claro que o tesão não fica congelado em tempos de pandemia.
Sempre que faço amor com um date me arrependo
No entanto, como você diz, tem outra questão que lhe atormenta: você sempre se arrepende após o sexo casual. Então vamos aos fatos! Diferente do compromisso no relacionamento afetivo-sexual, no sexo casual as partes envolvidas podem sair algumas vezes ou apenas uma vez sem ter qualquer interesse de estender o contato para além disso.
Já em relação ao tesão que você sente, que tal você pensar no seu prazer individual? Sim, porque você não precisa de outra pessoa para vivenciar o prazer sexual. Você pode assistir a filmes mais apimentados, usar brinquedinhos eróticos que ajudem no prazer a sós. Porém, você também pode aproveitar esse período para conversar e conhecer melhor “crushs” potenciais que motivem um encontro mais interessante quando for possível.
Afinal, períodos de crise podem gerar ótimas oportunidades para prospectar uma nova posição nos “dating games”.
Margareth dos Reis
É Psicóloga Clínica, Terapeuta Sexual e de Casais no Instituto H.Ellis-SP; psicóloga no Ambulatório da Unidade de Medicina Sexual da Disciplina de Urologia da FMABC; Doutora em Ciências pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo; epecialista em Sexualidade pela Sociedade Brasileira de Sexualidade Humana – SBRASH; autora do livro “Mulher: produto com data de validade” (ED. O Nome da Rosa) Mais informações: www.instituto-h-ellis.com.br
