Por Emilce Shrividya Starling
O casamento com amor é uma das maiores experiências na vida. O amor precisa de grande sensibilidade, precisa de duas almas em sintonia. O amor traz liberdade. Um casamento que não traz liberdade e confiança não tem amor verdadeiro. É dominação, poder, posse e controle. Quando você ama e confia, sem preocupação, sua alegria e felicidade crescem e sua vida se torna mais generosa com você.
Muitos tentam amar, mas o amor deles está repleto de ciúmes, de raiva, ressentimentos, mágoas, possessividade. Assim, eles destroem o casamento com o ego negativo, apegos, posse, domínio, desejos.
Como namorados
O casamento não tem que ser apenas uma instituição da sociedade. Tem que ser o clímax do amor. É necessário cultivar a chama da paixão como namorados, ter companheirismo, ter bom humor, fazer boas viagens e passeios, superar juntos os momentos desafiantes, dores e obstáculos. Desse modo, o casamento acontece e pode ser feliz como o meu e de meu marido, 48 anos casados. Duas pessoas podem ser muito amorosas juntas, quando há união do corpo e alma. O amor autêntico confia, dá espaço para o outro se realizar profissionalmente e em todos os aspectos. Respeita a individualidade do outro, sem querer modificá-lo ou dominá-lo.
O casamento não pode ser nutrido apenas por segurança, por suporte financeiro, por qualquer outra razão exceto amor incondicional. Como disse Osho: “Sempre que o amor florescer, espontaneamente, cante-o, dance-o, viva-o, não crie correntes a partir dele. Ele lhe dá asas para voar. Sem amor, você está sem asas”.
Quando você está sentindo amor, esse sentimento cria à sua volta uma radiância que irradia até em silêncio amoroso. Quando você ama, você sente paz e alegria na simples presença do outro. Você compartilha amor.
O que traz o amor no casamento?
Amor no casamento tem que trazer alegria, serenidade, harmonia e não sofrimento, frustrações, desconfiança, tristeza. Muitos casamentos são infelizes porque ambos esperam amor do outro, mas são incapazes de dar amor, pois só querem receber. Pensam assim: “Se ele me amar, fizer o que eu quero, eu o amarei”. Mas isso não é amor. Em vez dessa constante necessidade de receber, dessa constante carência afetiva, cada um deve dar amor e procurar fazer o outro feliz. E, naturalmente, o amor floresce e acontece.
Não podemos ser mesquinhos no amor. Precisamos compartilhar amor. Esse equilíbrio entre dar e receber é vital para um bom relacionamento. Ame a si mesmo, se aceite, se valorize, e nesse momento o seu orgulho e seu ego desaparecerão. E, quando eles desaparecem, o seu amor chegará ao outro. Será uma verdadeira união de corpo e alma.
Autocontrole: bons hábitos a dois
Seja amoroso e cultive seu casamento ou relacionamento com paciência, carinho, respeito, paixão, compaixão e bondade. Sempre que possível, fale sem agressividade, sem ofensas. Evite brigas ou gritos. Isso é um treinamento para a vida toda. Se por acaso, você errou, tenha a coragem de pedir desculpas e procure se corrigir. Quando você se descontrolar, falar alto, discutir, procure dentro de você a causa de seu nervosismo. Quando o outro gritar ou ficar nervoso, em vez de você revidar, deixe seu ego de lado, procure perceber, com compaixão, a causa do sofrimento do seu cônjuge ou companheiro. Quando os dois se alteram, os egos se defendem e não há harmonia nem entendimento.
Devemos viver juntos a partir do amor, sem interferir e invadir a individualidade de cada um. Isso é viver com respeito, dignidade e verdadeiro amor. Essa é a chave de viver junto um grande amor com harmonia e felicidade. Livre do egoísmo, faça o outro feliz. E, o outro se sentindo feliz, ficará tão grato e vai procurar lhe fazer feliz também.
Ame tanto quanto possível, expanda esse amor para a família, filhos, amigos, animais, para a natureza. Pratique o amor em ação. E esse amor envolverá sua vida de alegria e bênçãos divinas.
Namaste! Deus em mim saúda e agradece Deus em você! Fique em paz!