E-mail enviado por um leitor:
“Trabalho em uma empresa de marketing digital. Considero o ambiente tóxico, tanto por parte do meu chefe como dos meus colegas. Cada um se acha mais “gênio da raça” que o outro. Como lidar e sobreviver em um ambiente assim?”
Resposta: Que chato, não é mesmo? Nós nem imaginamos como isso faz mal para a mente e, inclusive para o corpo.
A primeira coisa que me ocorreu quando li seu relato, foi: mas por qual motivo você se vê obrigado a permanecer neste ambiente? Você tem olhado o mercado, as oportunidades e, principalmente, o que você precisa para se desenvolver e alcançar outras vagas?
Acredite, você não precisa permanecer em um local que não combina com os seus valores.
Quais são os motivos que o fazem ficar nesta empresa?
Eles têm valido mais do que o seu bem-estar, paz e produtividade?
Será que você não entrou em uma zona de conforto e não está conseguindo enxergar as oportunidades fora deste local? O que te impede de acreditar que merece um ambiente mais saudável?
Faça uma lista de empresas nas quais você gostaria de trabalhar, atualize seu currículo e redes sociais profissionais, mostrando-se para o mercado de maneira assertiva, fazendo com que você possa ser convidado para entrevistas, saindo dessa situação desgastante.
Sobre isso, te convido a ler meu texto referente aos comportamentos mais buscados pelos Recrutadores.
Mantenha a sua integridade e estabeleça alianças estratégicas
De toda maneira, para sobreviver em um ambiente tóxico, o mais importante é manter a sua integridade, não se colocando em grupos de fofoca – aliás, falei sobre isso anteriormente, aqui no Vya Estelar mesmo; leia minha resposta a um leitor. Você deve usar o seu tempo para estabelecer alianças estratégicas com pessoas que pensam como você, que desejam estar em um ambiente menos tóxico e mais produtivo. Certamente outros colegas se incomodam com isso e você pode se unir a eles para criar um espaço mais saudável.
Converse com as áreas de Recursos Humanos, Comunicação Institucional, Educação Corporativa e sugira a promoção de ações de relacionamento, que visem a sua melhora. Pequenas ações vão contribuir para a conscientização das pessoas e, pouco a pouco, outros começarão a mudar sua forma de agir, trocando comportamentos por outros mais saudáveis.
Turn over, absenteísmo, doenças e o atendimento precário ao cliente
Infelizmente, alguns ambientes promovem este tipo de ação, a fofoca, e se sustentam desta maneira. Alguns profissionais, incomodados, logo percebem que aquele ambiente faz mal e parte em busca de um local mais seguro e receptivo. Desta maneira, o turn over de empresas com climas tóxicos costuma ser bastante alto.
Doenças começam a aparecer e as faltas são frequentes. Síndromes como a ansiedade, depressão e burnout são comuns em meios onde o assédio moral impera! Te convido a ler este artigo que fiz sobre o tema da Síndrome de Burnout e compartilhar com seus colegas.
Além disso, lugares não saudáveis em que há comunicação agressiva, costumam transferir isso para o atendimento ao cliente, deixando-os inseguros, temeroso e o pior, sendo mal atendidos!
Ambientes assim promovem o silêncio como forma de sobrevivência, ou seja, novas ideias não são estimuladas e os erros passam a ser punidos e não servem como ótimas lições e aprendizados. Os colaboradores ficam acuados e as panelinhas se intensificam!
Foque no que vai bem e agarre as suas responsabilidades
Quais são os aspectos positivos da sua empresa? Faça uma lista e comece a incentivar em você mesmo o olhar focado nestas situações. O que você pode aprender diariamente? O que tem sido bom, o que mudou para melhor? Esta é uma boa maneira de não se contaminar e estimular pensamentos mais positivos, não entrando na energia da maldade alheia.
No seu dia a dia, intensifique as suas atividades, mantenha-se ocupado com coisas produtivas, trocas, conheça pessoas de outras empresas, participe de fóruns, faça networking e estabeleça novos contatos. Invista no seu trabalho e no aumento de performance, dando mais espaço ao que te faz bem do que à contaminação por parte dos “gênios da raça”, como você os chama!