Ao invés de brigar, chorar, ou desistir e se encolher, você pode usar o poder dessa energia da raiva para realizar o seu melhor… buscar alternativas para criar uma realidade onde não se repitam relacionamentos tóxicos, que servem apenas para confirmar suas crenças…
Vamos ilustrar essa questão com um exemplo clássico:
– Uma pessoa se empenha em ser um bom profissional e entregar um bom trabalho diariamente ao seu chefe, que recorrentemente desqualifica o resultado, cobrando sempre mais.
O que você acha que ela irá sentir?…
1 – Se ela tiver recebido carícias positivas e bons estímulos na infância, terá uma boa autoestima e conseguirá avaliar se é ela que precisa melhorar a competência ou se é o chefe que é uma pessoa exigente, crítica e age sempre num Pai Perseguidor. Ainda que sinta raiva, será algo natural, pontual, mas que a fará continuar equilibrada. Pontualmente, pode-se liberar essa energia, fazendo atividades físicas que exerçam a função de liberar essa força de maneira controlada (catarses).
2- Se ela for uma criança insegura que recebeu desqualificações dos pais e tem a necessidade de Agradar para ser reconhecida, sentirá muita raiva e terá a sensação de que é sempre insuficiente, tornando-se cada vez mais ansiosa. Neste caso a raiva toma proporções intensas causando depressão, baixando ainda mais sua autoestima e destruindo a si mesma (doenças), ou aos outros.
Para lidar com essa situação de maneira saudável, será preciso entender a causa dessa segunda reação. Sem autoconhecimento, somos dominados pelo padrão condicionado do enredo e ficamos à mercê de nossas crenças inconscientes, adquiridas na infância. É possível inclusive que estejamos fazendo uma leitura distorcida dos fatos…
Atitude contra a raiva: é preciso separar o que é seu do que é do outro
É preciso separar o que é seu do que é do outro
Ao identificar que estamos nos sentindo como aquela criança que só recebeu caricias negativas, podemos construir um Pai nutritivo, que com a ajuda de nosso Adulto, terá uma leitura da realidade e de mãos dadas, nos ajudará a canalizar essa raiva para uma atitude firme e produtiva de autorreconhecimento e posicionamento diante dos fatos.
Ao invés de brigar, chorar, ou desistir e se encolher, “Vou usar o poder dessa energia para realizar o melhor do meu trabalho onde houver reconhecimento. Vou buscar alternativas para criar uma realidade onde não se repitam os relacionamentos tóxicos que atraí até aqui, apenas para confirmar minhas crenças.”
Deixo de depender da avaliação de um Pai externo que me reconheça e assumo a responsabilidade das minhas escolhas.
Eu sou capaz! Eu posso! Eu mereço!
Caso reconheça algo que não estou satisfeito, posso buscar alternativas para melhorar, mas sou eu quem me reconheço.
Temos que separar o que é nosso e o que é do outro.
Cada um tem um processo e está num ponto de sua evolução, mas atraímos experiências que nos colocam de frente com o que precisamos superar. Então, agradeça os desafios e aproveite a oportunidade para dar mais um passo e escrever um novo capítulo da sua vida.