Como vencer a timidez para arrumar uma namorada?

Psicóloga dá os passos de como vencer a timidez para poder arrumar uma namorada, mas antes, é preciso entender que em relacionamentos sempre há o risco de se errar, de se levar um fora…

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“Tenho 19 anos e até hoje nunca arrumei uma namorada. Me consideram um rapaz bonito, alguns me acham parecido com o Caio Castro. Na infância, sempre fui muito desenvolto ao conversar com as pessoas, mas com o passar do tempo, me tornei tímido e privado. Não tenho amigos e sinto que já está na minha hora de avançar e me
tornar mais social, mais ativo nos relacionamentos com outras pessoas. Como posso fazer isso? Obrigado.”

Resposta: Chama atenção o fato de você dizer que se tornou “tímido e privado” com o passar do tempo… O que será que aconteceu? Será que houve alguma decepção em alguma tentativa de relacionamento? Ou será que alguma característica de personalidade sua, por exemplo, a obrigatoriedade de acertar sempre, a intolerância aos “nãos” ou o perfeccionismo acabou derrubando a sua sociabilidade?

É importante entender que, em relacionamentos, sempre existe o risco de se errar; sempre existe o risco de se levar um fora; sempre existe o risco de decepção. “Quem não arrisca não petisca”, diz o ditado popular. Então, o primeiro passo para se tornar mais sociável, é encarar o risco de errar; encarar o risco de não agradar a todos; encarar o risco de perder.

Como vencer a timidez para arrumar uma namorada?

Se você quer arranjar uma namorada, tem que tentar se aproximar das meninas que lhe agradam, jogar charme do jeito que você consegue, e ver no que dá. Não existem fórmulas genéricas. Se você é mais introvertido, vai ter que usar sua introversão como instrumento de conquista, ir se aproximando devagarinho, jogar com olhares e ver se é correspondido.

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Os apps e sites de relacionamento podem facilitar, e muito, essas aproximações. Se você tem uma boa aparência, sorte sua! Use essa característica a seu favor e escolha uma boa foto para o seu perfil. Mas como não é só de aparência que um relação se alimenta, através desses sites você pode estabelecer uma troca de ideias antes do encontro real. E se você notar que a tentativa não evolui, pode simplesmente não dar continuidade ao papo. O que não vale é desistir ao primeiro desconforto, à primeira dúvida, ao primeiro “não concordo”.

Mas o que falar num encontro virtual ou presencial?

Bem, diálogos são como um jogo de pingue-pongue, você devolve a bolinha dependendo de como ela foi jogada. Se não souber o que falar, pergunte. As pessoas, em geral, gostam de falar de si quando percebem que alguém se interessa por elas. Isso vale também para os encontros sociais, para criar novas amizades.

Tente entender também que sua socialização tem que encontrar a medida certa para você. Não é todo mundo que gosta de estar no meio de pessoas o tempo todo. Se você gosta de ficar sozinho, na sua própria companhia, não se obrigue a ficar em grupo por períodos maiores do que a sua necessidade pessoal. Afinal, lidar com pessoas de uma forma sensata, requer um certo esforço, sensibilidade e, sobretudo, paciência. Permita-se relaxar na sua própria companhia quando sentir essa necessidade.

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Finalmente, lembre-se que você é muito jovem ainda e tem muito a aprender sobre você, sobre os outros e sobre relacionamentos. Não exija de si mesmo a sabedoria que só a idade e a vivência podem lhe dar. Encare os riscos e, principalmente, os tombos que certamente você vai levar. Ninguém nasce sabendo. E a verdadeira sabedoria vem da ação.

Atenção!
Esta resposta (texto) não substitui uma consulta ou acompanhamento de uma psicóloga e não se caracteriza como sendo um atendimento.

É psicóloga graduada pela PUC/SP. É psicoterapeuta de adultos e adolescentes em consultório particular desde 1975 até a presente data. É coach em saúde mental. Vya Estelar quer colocar você, querido leitor(a), ainda mais pertinho de nós. A psicóloga Anette Lewin responderá perguntas enviadas por você sobre relacionamento amoroso, conflitos na vida a dois e conjugal. Esta resposta possui dois formatos: 1º formato: responder as perguntas enviadas por você; 2º) formato: extrair uma palavra em específico de uma pergunta que você enviou (ex: traição). E partir desta palavra, revelar o significado do que sentimos ao nos relacionar. Seu nome e e-mail serão preservados.