por Patricia Davidson Haiat
Casa, trabalho, filhos… alimentação! Dizer que uma pessoa hoje em dia é saudável em termos de alimentação é muito complicado e caso raro. Atualmente, com o ritmo de vida que a maioria das pessoas tem, muitas vezes fica impossível se alimentar corretamente, principalmente quando falamos de qualidade, que inclui comer 5 frutas por dia e ainda incluir legumes, verduras, cereias integrais etc… todos os dias!
Sendo esse um quadro quase impossível de ser pintado, a suplementação de vitaminas e minerais passa a ser uma alternativa e tem como propósito o de suprir as deficências do organismo.
As pesquisas mostram que 90% da população brasileira com mais de 40 anos consome cálcio abaixo da quantidade internacionalmente recomendada. Ou seja, 1.200mg por dia. Em média, aqui a ingestão diária desse nutriente é de 400mg por dia, o que significa um terço do considerado ideal para o bom desenvolvimento e manutenção óssea e cardiovascular.
Cerca de 80% da população não consome magnésio e vitamina C suficientes, além de vitamina E e principalmente vitamina D, que precisa ser sintetizada no organismo a partir da exposição solar, que hoje tem sido vista como vilã. Ainda faltam vitamina A no prato de 50% dos brasileiros e vitamina K na alimentação de 81%.
Partindo desse panorama, se o organismo não tem “combustível”, não funciona direito, então começa a surgir sintomas que vão aos poucos aumentando como: falta de disposição, concentração, ganho de peso, etc. E antes que chegue nesse quadro, a pessoa já acaba sentindo a necessidade de recorrer ao suplemento para suprir a falta de ingestão dos nutrientes pela alimentação.
Mas fique atento, a real necessidade de suplementação de vitaminas e minerais só pode ser avaliada por um profissional de saúde (nutricionista ou médico) que pelos sinais e sintomas do paciente pode detectar alguma carência e optar pelo uso do suplemento. Será feito um recordatório alimentar, de uma semana por exemplo, para que se tenha a real ideia de quais alimentos estão sendo ingeridos e se existe alguma deficiência. Muitas vezes hábitos que a pessoa acha simples, como tomar um café após o almoço e a janta, acaba por jogar fora todo o ferro daquela refeição. Esses hábitos sendo mudados, podem trazer um melhor aproveitamento dos nutrientes e consequentes benefícios para o organismo.
A suplementação de vitaminas deve ser supervisionada por médico ou nutricionista para garantir que aquele nutriente esteja na quantidade correta e em sua melhor forma de absorção no organismo. Isso é essencial para obter resultados satisfatórios com a suplementação. Então, não adianta comprar qualquer suplemento na farmácia, porque muitas vezes a quantidade e a qualidade do produto é tão baixa que a pessoa está literalmente jogando dinheiro fora.
Por isso, antes de tudo, tente adequar o máximo possível a sua alimentação. A seguir, algumas dicas de alimentos que devem estar no prato para que o organismo esteja sempre cheio de nutrientes!
Vegetais folhosos
Os vegetais folhosos verdes escuros são os personagens principais e que nunca devem faltar, pois possuem praticamente todos os nutrientes que faltam na dieta do brasileiro, isso mesmo, possuem cálcio, magnésio, vitamina K, C e A.
Além dos vegetais verdes escuros como couve, brócolis, rúcula, o cálcio está presente no gergelim, salmão, ovos e e cereais. Apesar do cálcio ser muito vinculado ao leite e a seus derivados, podemos afirmar que esses alimentos possuem sim uma quantidade grande de cálcio, mas que seu aproveitamento pelo organismo é baixo, isto é, não tem boa absorção. Já no caso de vegetais verdes escuros, apesar da quantidade não ser tão grande, o aproveitamento é bem elevado e por isso torna-se uma escolha mais interessante.
O magnésio, como o cálcio, é mineral presente principalmente nos vegetais verdes escuros e nos cereais como o arroz integral. É um mineral essencial e que faz parte de mais de 250 reações enzimáticas no organismo e é superimportante para a produção de energia.
A vitamina K está presente na alface, na couve-flor, no espinafre, no repolho e em menor proporção nos cereais, como o trigo e a aveia.
Já a vitamina A tem como fontes os vegetais verdes escuros, cenoura e frutas amarelo-alaranjados possuem carotenoides que são convertidos em vitamina A pelo organismo.
Junto com as frutas ricas em vitamina A, ganhamos a vitamina C pouco consumida e também presente mais uma vez nos vegetais verdes escuros .
E a vitamina E está presente, principalmente nos óleos vegetais, oleaginosas em geral como nozes, amêndoas e castanhas e no gérmem de trigo.
E por fim a vitamina D não possui fonte dietética significativa, para obtê-la é necessário que haja exposição solar para que o organismo consiga produzir a vitamina. Então, a dica é se expor ao sol no começo da manhã, quando ainda é fraco. A deficiência de vitamina D já é associada a diversas doenças como o diabetes.
E lembrando que o organismo SEMPRE prefere a vitamina ou o mineral do alimento que está em sua melhor forma de absorção, por isso seu consumo deve ser SIM incentivado antes que se opte pelo uso de suplementos.