Cuckquean: saiba por que algumas mulheres recebem essa alcunha. Você proporia ao seu namorado o que elas fazem?
“Li na internet que uma minoria das mulheres deseja assistir ao namorado transar com outra mulher, seja assistindo à cena ao vivo e em cores, ou em vídeos, ou simplesmente com o namorado relatando… Confesso que volta e meia fantasio meu namorado com outra mulher. Isso é normal? Posso propor isso a ele?”
Cuckquean: significado
Resposta: “Cuckquean” é a versão feminina do “cuckold”, como são chamados os homens que desejam e se excitam ao ver a sua namorada/esposa com outro homem ou ouvir relatos dela com esse conteúdo sexual.
Quanto a ser normal, podemos dizer que práticas menos convencionais não necessariamente caracterizam comportamentos atípicos ou anormais. Isto é, desde que os casais definam um acordo que seja bem discutido e que fique confortável para ambas as partes.
Assim, primeiramente, procure conversar sobre essa fantasia com o seu namorado. Explorem o assunto com calma. Não tenha pressa nem force a barra. Não se trata de tornar a vida sexual burocrática, mas de abordar as fronteiras dessa fantasia e as possíveis maneiras praticá-la sem estresse ou riscos desnecessários.
Se o seu namorado se interessar por essa experiência, estabeleçam juntos o limite de cada um nessa prática diferenciando-a do “ménage à trois”, que caracteriza uma relação sexual entre três pessoas. Uma “cuckquean” sente tesão ao ver, ou ouvir sobre, a transa do seu parceiro com outras mulheres e isso deve ser totalmente consensual. Ou seja, ambos devem estar na mesma “página” desse combinado para tratarem o antes, o durante e o depois dessa vivência com cumplicidade e respeito mútuos.
Atenção!
Esta resposta não substitui uma consulta ou acompanhamento de uma psicóloga e não se caracteriza como sendo um atendimento.
Margareth dos Reis
É Psicóloga Clínica, Terapeuta Sexual e de Casais no Instituto H.Ellis-SP; psicóloga no Ambulatório da Unidade de Medicina Sexual da Disciplina de Urologia da FMABC; Doutora em Ciências pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo; epecialista em Sexualidade pela Sociedade Brasileira de Sexualidade Humana – SBRASH; autora do livro “Mulher: produto com data de validade” (ED. O Nome da Rosa) Mais informações: www.instituto-h-ellis.com.br
