E-mail enviado por uma leitora:
“Tenho 24 anos e um filho especial de 5 anos que crio sozinha. O pai nos abandonou. O menino é até razão de minha felicidade. Mas ao mesmo tempo me traz um conflito enorme, pois tive de abrir mão de uma carreira promissora como cantora, era uma daquelas oportunidades (únicas!) que não irá mais se repetir! Fico imaginado como teria sido feliz se tivesse trilhado essa oportunidade. Sofro muito com isso. O que a senhora me aconselha?”
Resposta: Primeiro parabéns pela sua decisão de assumir o filho sozinha. Você com certeza é uma mulher corajosa e independente. É uma mulher do século 21. Eu entendo a sua frustração e a sua preocupação com o futuro. Entenda que sempre temos novas oportunidades profissionais. Já o relacionamento com o seu filho é para sempre.
Não deixe que esse ressentimento seja uma barreira no seu relacionamento com o seu filho. A situação econômica do Brasil não ajuda muito no momento.
Mas você pode procurar grupos de mães sozinhas com crianças especiais nas redes sociais ou no Google para recomeçar a sua profissão. Também procure por grupos de mães que estão voltando a trabalhar. Elas vão te ajudar. No começo não dê muitas informações até se sentir segura no grupo. Existem espaços só para mães com filhos trocarem ideias.
Busque grupos de mútua ajuda
Um grupo de apoio pode te ajudar muito nessa fase para que você não culpe o seu filho. Daqui a algum tempo você terá a recompensa de ter dedicado tempo ao seu filho. A escola onde o seu filho é atendido pode-lhe indicar um grupo de apoio. Se você frequenta alguma igreja ou templo peça ajuda para voltar ao trabalho e um aconselhamento. Tenho certeza de que muitas pessoas poderão te ajudar.
Atenção!
Esta resposta não substitui uma consulta ou acompanhamento de uma psicopedagoga e não se caracteriza como sendo um atendimento.