Dá certo sempre terminar e já engatar em outro namoro?

5 dicas para quem costuma terminar e já engatar em outro namoro e o que esse tipo de atitude pode gerar

As relações têm fluído de forma líquida, ou seja, entra e se sai de um namoro com muita facilidade e, ‘aparentemente’, sem grande envolvimento afetivo. Assim, termina-se um namoro e já se engata em outro. Essa atitude é uma forma de se evitar entrar em contato com a dor da perda.

Se você tem vivido esse tipo de situação, entenda que pode estar armando uma armadilha para você mesmo(a), uma vez que viver novos relacionamentos de forma sucessiva e sem intervalos pode ser ilusório ou mesmo prejudicial.

Ilusório pois pode não estar atendendo ao seu próprio interesse. Isso porque a repetição de situações sucessivas de conquista ou apaixonamento podem ser bastante agradáveis e prazerosas, reforçando sua autoestima, mas podem estar te dificultando e te distanciando de seus anseios, caso queira um relacionamento sério.

Prejudicial na medida em que você vive um namoro ou relacionamento de forma parcial, ou seja, que você viva de forma pouco significativa seus próprios sentimentos.

Passamos por fases em nossas vidas e essa forma de se relacionar é mais condizente à adolescência ou quando se é mais jovem. Porém, ela pode se instalar de forma mais prolongada e, dependendo da fase, soar como imatura. Pode ainda revelar uma dificuldade de entrega ou de conhecimento dos próprios sentimentos.

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5 dicas para quem costuma terminar e já engatar em outro namoro

  1. Verifique o que está acontecendo com você, se é só uma fase em que você quer mesmo curtir e não se envolver de forma mais profunda, ou se está reforçando dificuldades que não consegue encarar e, consequentemente, superar.
  2. Reflita se o que você tem vivido faz sentido para você, ou seja, se é o seu desejo e ideal, ou se você está simplesmente sendo conduzido pelo impulso e satisfação imediata que cada relacionamento ou namoro lhe proporciona.
  3. Pense sobre seus valores no que envolve um relacionamento amoroso e se o que você vive se alinha a eles e até em que ponto.
  4. Considere que do outro lado estão também pessoas que podem ter desejos e expectativas sobre o que estejam vivendo. Assim, elas não são descartáveis ou para atendimento exclusivo dos seus interesses.
  5. Tenha cuidado para não reproduzir condições desfavoráveis a você mesmo ou que reforcem características negativas ou indesejadas para um relacionamento. Você pode acabar estabelecendo um padrão de conduta e comportamento que podem beirar ou caracterizar um relacionamento abusivo: “faço o que faço no relacionamento independentemente da opinião, desejo, visão ou expectativa do outro”.

Eduardo Yabusaki - Psicólogo e Sexólogo Especializado em Terapia Comportamental Cognitiva, Terapia de Casal e Terapia Sexual. Coordenador do Curso de Sexologia Clínica ministrado em diferentes cidades há mais de 15 anos. Docente convidado do Curso de Fromação em Sexologia Clínica de BH. Responsável pelo www.vidadecasalbh.com.br