por Thaís Petroff
“A crítica é sempre em particular, o elogio em público”
Quando recebemos feedbacks temos a oportunidade de rever nossos comportamentos e melhorá-los; no entanto, esse feedback precisa ser dado de maneira construtiva, pois do contrário, ele ao invés de promover mudanças poderá promover diversos problemas, dentre eles antipatia, afetar negativamente a autoestima e desmotivar.
Há uma metodologia bastante eficaz que pode auxiliá-lo a dar feedbacks tanto no trabalho, mas também, em sua vida pessoal; nos relacionamentos sociais, amorosos e familiares. Chama-se feedback sanduíche e consiste em três passos.
Feedback sanduíche
Primeiro passo – o pão da base: inicie a conversa com ênfase na valorização dos pontos fortes da pessoa. Tenha em mente que o objetivo do feedback é aprimorar a conduta ou melhorar o desempenho daquela pessoa. Você está prestes a comentar algo que não deu certo e, se você começa já criticando, ela poderá se fechar e ficar resistente a escutá-lo. Se começar a conversa se expressando positivamente, há uma tendência de que seu ouvinte perceba esse “bate-papo” com um desfecho positivo e assim baixe a guarda e fique mais receptivo ao que for dito.
Segundo passo – o recheio: exponha os pontos a serem melhorados se atendo aos fatos (e não suas interpretações), exemplificando o que está dizendo e descreva de modo específico o comportamento desejado.
Exemplo do que NÃO dizer: “Você é um preguiçoso, chega sempre atrasado, nunca será diferente”. Exemplo do que dizer: “Preciso que você chegue no horário, pois percebo que você vem se atrasando, assim como aconteceu segunda e quarta da semana passada. É possível marcarmos sempre às oito horas?”
É muito importante deixar claro o resultado esperado, pois as pessoas não leem pensamentos e por isso podem falhar por não saberem claramente o que está sendo esperado. Pode ser necessário procurar soluções conjuntamente, caso a pessoa não saiba resolver o problema sozinha ou ainda ajudá-la a sanar possíveis dúvidas.
Terceiro passo – fechar o sanduíche: reforce novamente os pontos positivos, podendo nesse momento usar generalizações como: “Você é proativo, organizado e resolutivo” (na crítica se faz necessário ser bem específico e apontar o comportamento a ser modificado para que a pessoa tenha certeza do que se trata. No elogio, não há essa necessidade. Demonstre confiança na possibilidade de êxito, aperfeiçoamento e crescimento.
É importante frisar que você deve criar um ambiente apropriado para a crítica, busque falar com a pessoa em questão em um local adequado, em particular e isento de interrupções. A crítica é sempre em particular, o elogio em público. Nunca o contrário.