Desejo sexual pelo mesmo sexo e afeto pelo sexo oposto

“A pergunta aqui é se você já sentiu desejo e atração sexual pelo sexo oposto. Descrever o afeto experimentado pelo sexo oposto na juventude não indica necessariamente a sua atração sexual pelo sexo oposto.”

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“Sinto claramente desejo e atração pelo mesmo sexo, porém quero me relacionar com o sexo oposto também. Já senti AFETO pelo sexo oposto na juventude. É possível eu gostar sem sentir desejo sexual? Ou esse desejo pode vir decorrente do afeto? Se puder, por favor, me responder, ficarei grato.”

Resposta: Caro leitor: querer sentir desejo e atração pelo sexo oposto é diferente de sentir desejo e atração pelo mesmo sexo e vivenciar essa experiência genuinamente.

A orientação sexual não consiste em algo que podemos escolher voluntariamente, muito embora a orientação sexual possa mudar ao longo da vida. Ou se manter a mesma durante toda a vida.

Porém, isso não acontece pelo anseio de sentir alguma coisa simplesmente por querer sentir. A pergunta aqui é se você já sentiu desejo e atração sexual pelo sexo oposto. Descrever o afeto experimentado pelo sexo oposto na juventude não indica necessariamente a sua atração sexual pelo sexo oposto. Somente a vivência dessa experiência poderá lhe responder a essa questão.

É possível gostar sem sentir desejo sexual?

O afeto é a base biológica das emoções e dos sentimentos. Engloba tudo que sentimos e expressamos por meio de palavras e ações às pessoas, lugares ou coisas, e não apenas ao objeto de desejo sexual.

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Então sim! É possível gostar sem sentir desejo sexual, é possível experimentar o desejo decorrente do afeto e é possível manifestar o seu desejo sexual de diversas formas, uma vez que os sentimentos podem mudar e se transformar no decorrer da vida.

Todavia, a descoberta e compreensão dos seus sentimentos sexuais são essenciais para você aprender a trabalhar com eles, e não contra eles.

Atenção!
Esta resposta não substitui uma consulta ou acompanhamento de uma psicóloga e não se caracteriza como sendo um atendimento.

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É Psicóloga Clínica, Terapeuta Sexual e de Casais no Instituto H.Ellis-SP; psicóloga no Ambulatório da Unidade de Medicina Sexual da Disciplina de Urologia da FMABC; Doutora em Ciências pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo; epecialista em Sexualidade pela Sociedade Brasileira de Sexualidade Humana – SBRASH; autora do livro “Mulher: produto com data de validade” (ED. O Nome da Rosa) Mais informações: www.instituto-h-ellis.com.br