por Eduardo Yabusaki
De repente, quando menos se espera, a pessoa está totalmente envolvida e entregue ao relacionamento.
Ao se dar conta disso, a pessoa às vezes se assusta e começa a pisar no freio querendo entender o que está acontecendo.
Será mesmo um bom momento de desacelerar ou refrescar os sentimentos que pulsam tão forte?
Por que esse sentimento conduzido descontroladamente pelo impulso afetivo precisa ser compreendido?
Não deveria ser intensamente e simplesmente vivido?
A pessoa pega de surpresa acaba sempre querendo entender ou compreender o inexplicável. Afinal, existem situações em nossas vidas que o sentimento, a emoção e o tesão falam mais alto e temos que viver isso tudo em sua plenitude.
A sombra da razão acaba sempre querendo atravessar, trazendo pensamentos e impedimentos para que esse sentimento não cresça ou saia do controle.
O que é mais importante, raciocinar ou sentir?
Tratando-se de um relacionamento é preferível mil vezes sentir e se entregar.
Pode ser uma paixão passageira? Pode. Pode ser amor à primeira vista? Pode. Aliás, pode ser tanta coisa, mas o mais importante é o sentimento, a emoção e o que isso significa para cada um.
Não devemos nos preocupar em querer saber se é isso ou aquilo, mas sim viver intensamente o que está acontecendo para poder se entregar de forma mais plena ao relacionamento.
A paixão pode levar à construção de um grande amor, bem como um amor à primeira vista pode ser perpétuo. Tudo depende do que se constrói na relação em função do que se vive, pensa, sente e deseja.
O mais importante é ter claro que não existem fórmulas para um bom relacionamento, mas sim que ele seja construído conforme os sentimentos e emoções vividos, bem como o direcionamento de objetivos e ideais comuns ao par.
Sempre repito: vida a dois exige construção, organização e renovação permanente em todas as esferas: objetivos, sonhos, ideais afetivos/sexuais etc.