E quando um sente mais vontade de transar do que outro?

Quando um sente mais vontade de transar do que o outro, vale investir no diálogo e entender que o nível de desejo sexual pode variar de uma pessoa para outra, e que isso não representa necessariamente uma medida do prazer compartilhado na vida a dois

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“Sou casada há três anos e acho que a diferença de ritmo sexual seja o maior dilema e desafio de uma relação estável. Meu marido sente mais tesão que eu. Como conciliar isso? Ele me propôs masturbá-lo quando não tivesse com vontade de transar… A princípio não vejo isso como um problema, pois o amo, quero vê-lo feliz e gosto de dar prazer a ele… Mas me incomoda fechar nesta questão, tendo isso como regra estabelecida. Pode ser que num determinado dia também não esteja nem com vontade de fazer isso… O que você me orienta? Se puder me ajudar… Obrigada!”

Resposta: Cara leitora: muitos casais deparam com a diferença de ritmo sexual ao longo de seus relacionamentos porque isso vem na esteira das diferenças individuais que vão se revelando e se consolidando durante a convivência. Mas nem sempre essa questão é levantada e conversada pelo casal.

E quando um sente mais vontade de transar do que outro?

Dito isso, diante de qualquer sinal de preocupação ou incômodo a esse respeito, vale investir no diálogo. Nesse sentido, estimular o reconhecimento mútuo de que o nível de desejo sexual pode variar de uma pessoa para outra, e que isso não representa necessariamente uma medida do prazer compartilhado na vida a dois ou do amor que um lado nutre pelo outro é o primeiro passo.

Além disso, para preservar a saúde do relacionamento íntimo, nada como uma boa e franca checagem dos limites de cada um antes de iniciar qualquer abordagem íntima. Limite é amor, e expressado com ternura pode motivar o casal a reconhecer que a qualidade de vida sexual está intimamente ligada às experiências em que ambos identificam que desejam e podem querer, genuinamente, satisfazer um ao outro.

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Atenção!
Esta resposta (texto) não substitui uma consulta ou acompanhamento de uma psicóloga e não se caracteriza como sendo um atendimento

É Psicóloga Clínica, Terapeuta Sexual e de Casais no Instituto H.Ellis-SP; psicóloga no Ambulatório da Unidade de Medicina Sexual da Disciplina de Urologia da FMABC; Doutora em Ciências pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo; epecialista em Sexualidade pela Sociedade Brasileira de Sexualidade Humana – SBRASH; autora do livro “Mulher: produto com data de validade” (ED. O Nome da Rosa) Mais informações: www.instituto-h-ellis.com.br