por Roberto Goldkorn
Quando o escritor Erich Von Däniken lançou seu livro, nome do título deste artigo, pela primeira vez no início dos anos 70 eu fiquei fascinado.
Estava ali grande parte das respostas que eu buscava para preencher os vazios das mitologias religiosas.
Hoje sabemos que o autor, confessado por ele mesmo, cometeu alguns erros de datação e de interpretação, mas grosso modo seus livros apontavam no mínimo evidências intrigantes.
Seus críticos principalmente dos dois extremos da história: religiosos e ateus, o atacaram com “artilharia” pesada. Mas a questão para mim se reduzia a uma simplicidade franciscana. Para os religiosos que achavam suas teses mirabolantes, eu dizia:
– Vocês acreditam na intervenção de anjos, demônios e de um Deus que fala e interfere diretamente na vida das pessoas, mas acham a hipótese dos extraterrestres fantasiosa?
Aos céticos e ateus eu respondia:
– Estamos empatados – eu não posso provar a vocês que os extraterrestres existiram em nossa história, mas vocês também não podem provar que não existiram. Mas as evidências estão espalhadas e disponíveis para quem quer fazer uma busca séria.
Existem muitas, mas uma de minhas preferidas é a frase contida no Velho Testamento, que certamente é a expressão final de uma tradição oral muito antiga, de mais de cinco mil anos:
“E vendo os filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas, tomaram para si mulheres, as que entre todas mais lhes agradaram.” (Gen. 7.2)
“Ora naquele tempo havia gigantes na Terra: e também depois quando os filhos de Deus possuíram as filhas dos homens, as quais lhes deram filhos…”(Gen. 7.4)
Há relatos similares nas antiquíssimas escrituras védicas, de naves que sobem aos céus soltando fogo e fumaça, de seres luminosos que ensinam aos homens ciências e tecnologias. Da mesma forma como expressão da necessidade universal e ancestral do homem de registrar o que viu ou conheceu há desenhos em cavernas muito antigas na Índia, China, e nos Andes que são muito sugestivos de terem uma origem não humana.
Existem cidades submersas tanto no hemisfério ocidental quanto no oriental, datadas de vinte mil anos, que mostram uma tecnologia completamente estranha (pelo menos em termos da arqueologia tradicional) aos humanos daquela época.
Olhando esse passado à luz dos conhecimentos atuais, e sem as lentes distorcedoras das posições sectárias, podemos pelo menos ter uma nova via de interpretação para o nosso passado.
Porém nessa discussão o mais assustador, o mais perturbador é a possibilidade de tudo isso ser verdade.
Sermos “filhos” de seres de outros planetas, ou frutos de suas experiências genéticas, é perturbador sim, mas ao mesmo tempo traria explicação mais plausível para a nossa trajetória.
Saber que os nossos monstruosos defeitos são frutos de uma descendência “humana” e não divina, que não fomos criados à imagem e semelhança de um Deus perfeito e sim de seres igualmente falíveis e imperfeitos é bem mais tranquilizador.
As evidências espalhadas pelas mais antigas culturas e sítios arqueológicos são muito mais consistentes (quando se tira o fator fé/crença) que as religiosas, das quais só temos testemunhos não críveis. Os religiosos não acreditam em testemunhos de avistadores de OVNIS e ETs, mas acreditam em testemunhos de indivíduos que viveram a milhares de anos.
Talvez nunca venhamos a descobrir a verdade. Talvez até já exista essa verdade desvelada, mas logo encoberta por um seleto grupo de “tutores” para quem essa revelação seria por demais perturbadora se chegasse ao conhecimento da humanidade ainda mergulhada nas trevas ignorância. Talvez.
Uma pessoa caridosa me pediu que deixasse esses assuntos de lado, para não correr o risco de destruir a fé das pessoas. Esse é um bom ponto que deve ser pensado. Pode ser que no fundo, no cerne dessas questões, esteja a velha e boa fé. A fé nada tem de racional, ela simplesmente escolhe um lado em quem acreditar, em quem ter fé, e pronto.
Por isso retomo o assunto e vou fundo nas minhas pesquisas. Para quem acredita em algo ou seja TEM FÉ, mesmo que tudo isso fosse comprovado de forma inquestionável, não arranharia nem mesmo a superfície de sua fé – seja ela religiosa ou da religião chamada ciência.